Huambo – Quatro agentes censitários foram detidos, esta semana, pela Polícia Nacional, acusados de furto de 10 tablets destinados ao Recenseamento Geral da População e Habitação nos municípios do Bailundo, Chicala-Cholohanga e Mungo, província do Huambo.
O processo censitário decorre desde 19 de Setembro último, em todo o país, e termina a 19 do corrente mês, sob o lema “Juntos contamos por Angola”.
Em declarações à imprensa, esta sexta-feira, a porta-voz da Polícia Nacional na província do Huambo, inspector-chefe Carla Solange Jovany, disse serem agentes censitários, com idades entre os 26 e 43 anos, detidos por tentativa de furto, extravio e omissão das tabletes.
Destacou que, dos 10 equipamentos informáticos, seis foram apreendidos e recuperados na comuna do Cambuengo, município do Mungo, em posse de um supervisor censitário, que supostamente desviou os meios e não distribuiu aos agentes de campo.
A porta-voz explicou que após denúncias, foram realizadas diligências policiais, na qual os equipamentos censitários foram encontrados na posse do supervisor, de 26 anos de idade, tendo já retirado os logótipos e os códigos do censo.
Afirmou que os acusados serão presentes, nos próximos dias, ao Ministério Públicos, para a sequência dos trâmites legais que se impõe.
Recorda-se que, na última quinta-feira, o Tribunal da Comarca do Bailundo condenou três agentes censitários, a 45 dias de prisão, com pena suspensa, por terem se apropriado dos chips das tablets para o registo dos dados do Recenseamento Geral da População e Habitação (Censo2024).
Trabalham na província do Huambo um total de seis mil 95 recenseadores, distribuídos nos 11 municípios e 37 comunas, que estão munidos com as condições logísticas e técnicas, para a recolha dos dados durante as entrevistas.
O Censo 2024 é o terceiro da história do país, sendo o primeiro realizado em 1970, cinco anos antes da Independência Nacional, proclamada a 11 de Novembro de 1975, enquanto o segundo em 2014
O processo visa saber, com precisão, o número de habitantes no país, quantos homens, mulheres, crianças e idosos, onde e como vivem, cujas informações poderão servir para a melhor planificação e distribuição de serviços essenciais para todos os angolanos. ZZN/JSV/ALH