Saurimo – Os camponeses das localidades do Sueja e Katewe, que dista a cerca de 25 quilómetros de Saurimo, província da Lunda Sul, solicitaram hoje, sexta-feira, moagens, sementes de milho, feijão macunde e material de trabalho, para alavancar e ampliar áreas de cultivo.
Em declarações à ANGOP, a margem da inauguração de um sistema de captação de água, os camponeses afirmaram que a moagem contribuiria em muito para a transformação do bombo em fuba, processo ora feito manualmente.
Catarina Wacuno, camponesa, disse que devido à idade não consegue manualmente moer o bombo, por este facto, reafirma a necessidade de o Governo instalar moagens na zona.
Explicou que cultiva numa área de dois hectares a mandioca e batata-doce e pretende diversificar o plantio com feijão macunde ou manteiga, para ajudar na dieta alimentar da sua família e vender o excedente.
João Katoio, camponês, sublinhou que a região é rica em rios, a produção da mandioca é o seu forte, daí que a moagem ajudaria na transformação do bombó em fuba, para rapidamente as famílias alimentarem-se e permitir a venda ou troca com outros produtos inexistentes na região.
Solicitou material de trabalho como catana, machados, motosserra, enxadas, alfaias e um boi, para poder lavrar sem constrangimentos, respondendo positivamente aos apelos feitos pelo Executivo, da aposta no sector agrícola, assim como energia eléctrica.
Enalteceu a instalação do sistema de captação de água na zona, pois que, desde 1984 que não consumiam líquido precioso com qualidade, prometendo cuidar bem da infra-estrutura.
As localidades Sueja e Katewe contam com mais de mil e 800 habitantes, maior parte camponesa.
Saurimo é a cidade capital da província da Lunda Sul. Tem mais de 600 mil habitantes. De 1923 até ao fim da administração portuguesa, o seu nome foi Vila Henrique de Carvalho, em homenagem a Henrique Augusto Dias de Carvalho, o primeiro explorador da região da Lunda.
É constituído pelas comunas de Saurimo, Mona-Quimbundo e Sombo. O município é igualmente constituído por 140 aldeias, das quais 61 já unificadas e possui ainda 16 povoações.
O município possui um subsolo rico em minérios, nomeadamente: diamantes, manganês e ferro. A população na sua maioria é da etnia Cokwe e a mesma língua nacional mais falada pelos seus habitantes.