Luanda - O presidente da Câmara Municipal do Comércio da Quiçama, António de Almeida Kessongo, solicitou ao Governo de Luanda que invista mais no município para evitar que a produção agrícola se perca, deteriorando-se por falta de estradas e outros meios para escoar os produtos.
O responsável, que falava durante o Feira agro-pecuária e o Festival de música nos festejos do 83º aniversário do município, lembrou que a Quiçama pode participar activamente na diversificação da economia nacional, desde que sejam reparadas as vias de acesso e sejam abertos os furos de águas nas aldeias.
António Kessongo adiantou que a Câmara tem mais de 50 produtores inscritos e todos apresentam as mesmas reclamações relacionadas com as dificuldades de escoamento dos produtos, por causa das péssimas condições em que as estradas se encontram.
De acordo com o interlocutor, outra reclamação dos produtores relaciona-se com a falta de água nas áreas de produção agrícolas e de criação de gado, porque dependem da chuva para produzir.
Segundo o responsável, na época chuvosa os agricultores produzem mais de mil toneladas de produtos diversos e a maioria apodrece por falta de transporte, pois as vias tornam-se intransitáveis.
A título de exemplo, referiu que os camponeses cultivam em grande escala, tubérculos, frutas, hortícolas e cereais, mas a escassez das infra estruturas, como estradas e armazéns para acondicionar os produtos antes de serem distribuídos nos mercados são o "calcanhar de aquiles".
Referiu que os criadores de gado bovino, caprino e suíno enfrentam graves problemas para obter água regularmente, obrigando-os a comprar uma cisterna de água de 40 mil litros por 60 mil Kwanzas, ou a de 20 mil litros por 30 mil, o que cria diversos constrangimentos.
" Pedimos encarecidamente ao Governo que resolva esta situação e assim podermos contribuir para alavancar a economia nacional" lamentou o presidente da câmara de comércio da Quiçama.
Segundo o responsável, os rios Longa e Kwanza passam por várias aldeias e localidades da Quiçama, mas as vias degradadas tornam inacessível a irrigação dos campos, comprometendo a produção em grande escala.
A Quiçama completou a 2 de Julho, 81 anos de existência, desde que foi elevada à categoria de município em 1938.
Transferida, por força da Lei 29/11, de 1 de Setembro de 2011, da província do Bengo para a Luanda, no seguimento da reforma administrativa das duas províncias, a Quiçama é limitada a Norte pelos municípios de Viana e Icolo e Bengo e pelo Cuanza Norte ( Cambambe), a Leste pelas localidade do Libolo e Quibala, a Sul por Quilenda e Porto Amboim (Cuanza Sul) e Oeste pelo Oceano Atlântico.