Cabinda – O Conselho Municipal da Juventude no município de Buco-Zau, a 120 quilómetros a norte de Cabinda, pede as autoridades para a formalização de cooperativas como instrumento válido que legaliza a actividade de exploração do ouro nas margens do rio Luali.
As autoridades têm classificado como ilegal a exploração de ouro no rio Luali, da parte de muitos cidadãos, com maior relevância os jovens, que encaram esse recurso como forma de combater o desemprego e garantir sustento as suas famílias.
No encontro recente entre a governadora de Cabinda, Mara Quiosa, e os membros do Conselho Muncipal de Concertação Social do Buco-Zau, o secretário municipal adjunto do Conselho Municipal da Juventude, José Moniz, ressaltou a necessidade da criação das cooperativas para legalização dos jovens que se dedicam na actividade de exploração do ouro.
Para José Moniz, a opção pelo garimpo do ouro da parte dos jovens está na falta de emprego no município e é na exploração deste mineiro que encontram a sobrevivência e sustento das suas famílias e também o abandono das práticas incorrectas, sobretudo a delinquência, que no seu entender tem estado a diminuir nos bairros da Vila de Buco-Zau.
A exploração do ouro nas margens do rio Luali tem vindo a ganhar níveis acentuados, onde empresas, tanto as legalizadas e ilegais, bem como de grupo de jovens do município de Buco-Zau, fazem desta actividade como principal recurso económico para além da madeira.
A governadora de Cabinda, Mara Quiosa que esteve recentemente em visita de constatação dos níveis de crescimento socioeconómico do município, disse ser uma preocupação e que uma atenção especial será dada para que os jovens saiam da ilegalidade para exercer a exploração do ouro, legalmente.