Caála – Cinco empresas de exploração de granito das sete implementadas há dez anos no município da Caála, província do Huambo, deixaram de operar devido à crise económica que afecta o sector da construção civil.
Nos últimos dois anos, a produção reduziu de dois milhões 400 mil metros cúbicos de granito para três mil e 40, com o funcionamento apenas de unidades extrativas, reforçadas recentemente com uma central de betuminoso.
Entre as causas da desaceleração dessa actividade mineira, segundo um documento da Administração Municipal da Caála a que ANGOP teve hoje, quarta-feira, acesso, são pontadas a falta de mercado e a baixa capacidade de venda, em virtude da crise económica e financeira, agravada pela pandemia da Covid-19.
Com esta situação, lê-se na nota institucional, as autoridades locais perdem, aproximadamente, dois mil milhões de Kwanzas, que poderiam ser arrecadados deste sector mineiro em cada ano, para estimular o desenvolvimento socioeconómico, para além de perda de 45 postos de trabalho directo.
Por isso, convidam o sector empresarial a voltar a investir no sector minério, para a exploração racional de areia, pedra e brita, proporcionando mais postos de trabalho directo e indirecto aos jovens locais, numa altura em que a economia nacional vai ganhando “fôlego” para que seja possível a reactivação plena da indústria extractiva.
A nota refere que a exploração sustentável dos recursos minerais poderá contribuir significativamente para o crescimento socioeconómico da municipalidade.
Localizado no corredor Oeste da província do Huambo, o município da Caála, habitado por população estimada em 366 mil 480 habitantes, distribuídos pelas comunas da Calenga, Catata, Cuima e Sede, é tido como dos principais pólos industriais do Planalto Central.
Tem catalogado, entre outros recursos, a madeira, calcário, granito, diamante e a laterite.
