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Autoridades preocupadas com desflorestação no Cuanza Norte     

     Economia              
  • Luanda • Terça, 25 Janeiro de 2022 | 15h43
Floresta da Ilha de Luanda
Floresta da Ilha de Luanda
Pedro Parente

Ndalatando - O Departamento Provincial do Instituto de Desenvolvimento Florestal no Cuanza Norte está preocupado com a desflorestação das áreas de exploração de madeira na região, por poder provocar fenómenos naturais.

Em entrevista à ANGOP, o responsável provincial do IDF, Rosário Teixeira, disse que a situação, além de concorrer para o desaparecimento do potencial florestal da região, pode causar erosões dos solos, inundações, deslizamento de terra ou falta de chuva.

Informou que o repovoamento florestal não tem sido implementado pelos madeireiros pelo facto de pagarem ao Estado uma taxa adicional para a reflorestação das zonas de exploração.

“Em função dessa taxa, os trabalhos de reposição das árvores devem ser feitos pelo Governo, através dos seus organismos especializados, como o IDF, que só não desenvolve esta actividade por falta de meios e de técnicos”, destacou.  

Para contornar esta situação, adiantou, o IDF está a estudar um novo mecanismo de licenciamento, passando pela atribuição, a cada concessionário ou grupo, de uma parcela de floresta, num período de cinco a 25 anos, onde será rigorosamente exigida a reflorestação das zonas exploráveis.

Rosário Teixeira explicou que a atribuição da área de exploração será antecedida de um estudo de viabilidade económica, para avaliar a capacidade financeira e técnica da empresa, em função do potencial florestal de cada zona.

Segundo esse responsável provincial do IDF, esta nova modalidade para licenciamento devia entrar em vigor em 2020, nas províncias do Bengo e Cuanza Norte, mas devido à pandemia da Covid-19, foi inviabilizada.

Rosário Teixeira informou que durante o exercício económico do ano 2021 foram licenciados, para exploração, um volume de 12 mil e 100 metros cúbicos de madeira, que resultaram na arrecadação de 40 milhões, 776 mil e 736 kwanzas.

Essa quantidade representa uma percentagem de mais quatro por cento, comparativamente a 2020, ano em que foram explorados nove mil e 820 metros cúbicos de madeira, o que permitiu amealhar Kz 35 milhões.

A espécie Moreira, com um volume de seis mil e 600 metros cúbicos, foi a mais solicitada, seguida das variedades de Kibaba (mil e 325 metros), a Tacula (mil 50 metros cúbicos), Munguba (mil metros cúbicos) e o Muanze (850 metros).

“A xinga-xinga, com 650 metros cúbicos, a Ndulo-ndulo (175 metros cúbicos), o Ndianuno (100 metros cúbicos) e a Kitiba (50 metros cúbicos) é as outras espécies solicitadas”, precisou o interlocutor.

O responsável apontou os municípios de Bolongongo, com seis concessionários, Golungo Alto (dois), Cazengo e Cambambe (um cada) como as circunscrições onde foram explorados esse recurso florestal.

De acordo com Rosário Teixeira, durante o período em referência, o IDF registou sete transgressões florestais, consubstanciadas na exploração ilegal de madeira, tendo sido apreendidas mil e 95 tábuas de seis e quatro metros de cumprimento cada.

 





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