Luanda - A empresa Angonabeiro está a trabalhar para resgatar a antiga posição que Angola ocupou no mercado do café, a nível mundial, na década dos anos ´70, declarou hoje o director geral da sociedade, Nuno Monhinhos.
Na década dos anos 1970, Angola foi o terceiro maior produtor de café do mundo. Nessa altura, a produção nacional situava-se em cerca de 230 mil toneladas por ano. Hoje, apesar de possuir terras aráveis favoráveis para uma produção em grande escala, a actual realidade mostra que o país retrocedeu no cultivo e na exportação do café.
Nuno Monhinhos prestou estas declarações à imprensa no final de uma visita que o embaixador da marca “Delta Q”, o cantor angolano Anselmo Ralph, efectuou à fábrica do café Ginga.
O gestor disse que, actualmente (em tempo de pandemia), a empresa está com uma produção média de 100 toneladas de café e 170 de açúcar mês, equivalente a um terço da capacidade da fábrica.
A Angonabeiro e a Delta Q de Portugual, ambas do Grupo Nabeiros, querem ajudar a resgatar a mística do café de Angola no mercado internacional, onde já foram exportados 10 contentores com os diversos tipos de café da marca Ginga.
Segundo o gestor, o açúcar produzido pela empresa, neste momento, é só para o mercado nacional, mas o café moído e torrado já está a ser exportado para Portugal, França e Suíça. “ Pretendemos alargar para outras geografias onde a Dalta Q está localizada”, avançou.
De acordo com o director, o propósito da empresa para com Angola é fazer renascer a cultura do café e elevar o país entre os três ou dois maiores produtores deste grau no mundo, apoiando o sector de produção, com realce a agricultura familiar, tendo em conta que o custo de produção está no café que é a matéria-prima.
Para o responsável da área de produção, Salvador Manuel, a matéria-prima é toda nacional. O café arábica e mabuba são provenientes das províncias do Uíge, o café Ambriz, Amboim e o Arábica do Cuanza Sul e Norte, Bié e do Bengo.
O processo, de acordo com Salvador Manuel, é feito cuidadosamente desde a limpeza, torrefação, até à mesa do cliente, com todo cuidado e segredos profissionais que garantam a qualidade que o Delta Q apresenta ao mercado e com o saber diferenciado dos demais.
Marcas de café da Angonabeiro
Na ocasião, a Angonabeiro apresentou as suas marcas de café, nomeadamente, Delta Q, Café Ginga e Delta cafés.
Delta Q é o café expresso em cápsulas líder no mercado angolano.
O sistema em cápsulas da Delta Cafés veio revolucionar a experiência de beber café expresso em Angola. A marca oferece um sistema exclusivo de máquinas e cápsulas com a qualidade Delta Cafés. São 10 intensidades distintas de café expresso, três chás e quatro especialidades, que permitem ao consumidor escolher o mais adequado a cada momento.
Cada cápsula encerra um padrão de qualidade e de características únicas, que se mantêm constantes, em cada café expresso.
Ginga é a marca de café produzida em Angola pela Angonabeiro, empresa subsidiária do Grupo Nabeiro. A marca é integralmente produzida no país, com recurso apenas a café de fazendas angolanas. A imagem da marca é icónica e apelativa, simbolizada pela Rainha Ginga, uma das figuras mais emblemáticas da história e da cultura angolana. A marca tem, por isso, uma profunda ligação emocional ao consumidor angolano.
A Delta Cafés é a marca originária do Grupo Nabeiro, empresa especializada na torra e comercialização de café, tanto nos canais doméstico como fora-de-casa. Fundada em 1961 pelo Comendador Rui Nabeiro, a marca Delta Cafés completa este ano 60 anos de história, tendo já alcançado a liderança em Portugal, Angola e Moçambique.
O café Delta está presente em mais de trinta e cinco países através de subsidiárias e distribuidores nos vários segmentos de produto: grão, moído, solúvel e pastilhas.
A Angonabeiro é a empresa do Grupo Nabeiro que, desde o ano 2000, actua no mercado angolano na área do comércio e da indústria. O Grupo Nabeiro e o Delta Cafés mantêm uma ligação com Angola, que remonta à época em que o País ocupava já um lugar de relevo na produção mundial de café.
Em finais dos anos 90, a Delta Cafés foi convidada pelo Governo de Angola a colaborar na reabilitação e reactivação de uma antiga unidade industrial, com o objectivo de relançar a marca de café Ginga, com produção de café 100% angolano. Hoje, a Angonabeiro é uma empresa com um vasto portfólio de marcas próprias e representadas.