Luanda - Representantes da Sonangol e da empresa zambiana BBRL reúnem, hoje, sexta-feira, em Lusaka, para analisarem os novos termos de referência, para o relançamento do projecto de construção de um oleoduto "AZOP" entre os dois países.
O projecto AZOP contempla um canal de transporte de derivados de petróleo "combustível e gás", para o mercado zambiano.
Dados de 2020 divulgados numa nota da Embaixada de Angola na Zâmbia, a que ANGOP teve acesso, apontam para um custo estimado em cinco biliões de dólares norte-americanos, para construção do “oleoduto” de transporte múltiplo de derivados do petróleo, a partir de Angola.
Com base nos estudos prévios, uma estação de estocagem de derivados de petróleo, deverá ser erguida numa das províncias do Leste de Angola, a partir da qual, seriam fornecidos os fluidos para diferentes países da região Austral de África.
Os preparativos da reunião para esta sexta-feira, dominou a audiência concedida, quarta-feira, 8, em Lusaka, pelo ministro zambiano da Energia, Peter Chibwe Kapala, ao embaixador de Angola naquele país.
O diplomata angolano Azevedo Francisco foi portador de uma mensagem verbal do ministro angolano dos Recursos Naturais, Petróleo e Gás, Diamantino Azevedo, ao seu homólogo zambiano, Peter Chibwe Kapala, na qual, expressa a intenção de Angola avançar com os entendimentos rubricados com o anterior governo zambiano, no domínio energético.
O Memorando de Entendimento rubricado em 2021, entre Angola e Zâmbia, prevê a troca de experiências, formação profissional e cooperação institucional.
Angola quer aproveitar a privilegiada condição geográfica da Zâmbia, que faz fronteira com oito países, aos quais, a Sonangol espera fazer chegar os seus refinados, através do oleoduto.
A Zâmbia, por exemplo, compra boa parte do seu combustível, a partir da Arábia Saudita e inclina-se para o mercado angolano, dadas as vantagens comerciais inerentes e a posição geográfica.
A BBRL-Basali Ba Liseli Resources Limited, é empresa privada de direito zambiano e foi indicada pelo Governo da Zâmbia, para tratar com a Sonangol os aspectos práticos ligados à cooperação no sector energético.