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Aldeia Nova reduz produção agro-industrial no Wako Kungo

     Economia              
  • Cuanza Sul • Sexta, 11 Outubro de 2024 | 13h05
Director Geral Adjunto da Aldeia Nova, Hermenegildo Francisco
Director Geral Adjunto da Aldeia Nova, Hermenegildo Francisco
Luís Catraio-ANGOP

Wako Kungo – A Aldeia Nova SA reduziu, este ano, entre 15 e 100 por cento, a produção de ração animal, lacticínios, ovos e óleo de soja, devido à escassez de matéria-prima.

A informação foi prestada, esta sexta-feira, à ANGOP, pelo director-geral adjunto da Aldeia Nova SA na Cela, Hermenegildo Francisco, salientando que a redução de matéria-prima afectou a produção agrícola, pecuária e indústria.

No domínio agrícola, o responsável disse que empresa ficou afectada em 15 por cento da área de agricultura, pois produziam anteriormente cinco mil toneladas de cereais/ano e, actualmente, as cifras rondam entre mil 500 e duas mil toneladas/ano.

Lembrou que na campanha agrícola de 2022/2023 foram deixados 300 hectares de milho a campo aberto, por falta de equipamentos suficientes para colheita.

Informou que o maquinário agrícola data, entre 2004 e 2008, ou seja, desde o início do projecto, porém a falta de valorização e a inexistência de peças sobressalentes, devido à descontinuidade da marca no mercado, criou muitos constrangimentos com custos muito elevados para colher, por exemplo mil hectares.  

Quanto aos lacticínios, disse ter reduzido 25 por cento, pelo facto de estarem a trabalhar com pelo menos 95 famílias, inseridas num núcleo de produção no aldeamento número 12 e no aldeamento número 1.

“Trata-se de um programa iniciado em 2017, cujas envelhecimento das vacas está a dificultar o alcance da produção de pelo menos 25 litros de leite/dia, pelo facto de terem sido tiradas da produção”, salientou.

Com estas dificuldades, o responsável defendeu a necessidade da realização de investimentos, pois com as vacas retiradas implica a injecção de capitais para reactivar a produção com a participação das famílias.

Sobre os custos necessários, calculou que para uma cadeia de cinco vacas por famílias, os custos rondam a um milhão Kwanzas.

Realçou que o projecto prevê 10 vacas por cada família, para melhor aproveitamento da linha de produção de leite e, consequentemente, aumento dos investimentos.

Relativamente à produção de ovos, devido ao extravio do estipulado no contrato, a produção reduziu em mais de 75 por cento.

“Outra parte afectada foi a área de avicultura onde tivemos perto de 300 mil ovos/dia e cancelamos a 100 por cento”, rematou.

Quanto ao óleo de soja, com uma linha de enchimento lançada em 2018, para uma produção de 60 milhões de litros e meio/mês, a matéria-prima (soja) requer a produção de cereal e deixou de existir capacidade para tal.

Das quedas percentuais, indicou que há um grande desafio para manter os níveis de produção, pois desde que o Estado assegurou a Aldeia Nova nunca houve investimentos para dar continuidade ao projecto.

Aldeia Nova busca soluções

Hermenegildo Francisco pediu que o Estado preste maia atenção à Aldeia Nova, por ser uma marca nacional.

Esclareceu que o Estado detém 59 por cento das acções que representa o figurino do projecto, construído com bens públicos, embora o Governo não interfere na actividade diária da Aldeia Nova.

Acrescentou que 41 por cento das acções pertence ao privado que faz a injecção de valores monetários.

Para a produção de ração animal para a produção de ovos, Hermenegildo Francisco, disse que o projecto conta com uma fazenda em Malanje, com uma média entre 50 e 70 toneladas/dia, para atingir entre 250 mil e 270 mil ovos/dia.

Outrossim, para a produção do frango, a Aldeia Nova, vai entrar para o seu segundo ciclo com 200 famílias, um projecto que desde Maio último tem produzido 80 toneladas de carne/mês.

Historial da Aldeia Nova

Enquanto “Projecto Aldeia Nova” iniciou em 2005, numa área de 22 mil metros quadrados e envolveu 600 fazendas familiares, num empreendimento agro-industrial orçado em 70 milhões dólares norte-americanos, numa iniciativa do Governo de Angola, sob gestão do grupo Israelita LR.

Os promotores do projecto estimaram que no final de 2007, seriam produzidas mil toneladas de carne de porco, 280 toneladas de carne bovina, 22 milhões de ovos, três mil toneladas de carne de frango e quatro milhões de litros de leite.

Em 2012, deixou de ser Projecto Aldeia Nova (PAN) e passou a designar-se Aldeia Nova SA, com um capital inicial de 36 mil milhões de Kwanzas, com base assente em projecto agro-pecuário e industrial. LC/ALH





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