Luanda - O secretário-geral da Associação de Defesa do Consumidor (ADECOR), Marcelino Caminha, defendeu hoje, em Luanda, a necessidade de existir responsabilidade partilhada para redução do desperdício alimentar no país.
Falando na cerimónia de lançamento da campanha de consciencialização “Comida não é lixo – coloque no prato apenas o que vai comer”, em alusão ao 29 de Setembro, Dia Internacional da Consciencialização sobre Perdas e Desperdício Alimentar, sublinhou que a responsabilidade deve envolver produtores, distribuidores, fornecedores e o consumidor final.
Marcelino Caminha diz que o desperdício alimentar constitui um problema à escala mundial e Angola, em particular, considerando que muitas famílias continuam a perder o poder de compra.
De acordo com o responsável, em Angola, o combate à perda e desperdício alimentar é uma prioridade, tendo em conta o Estado de segurança alimentar e nutricional.
Considerou que o quadro actual da produção nacional tem registado fortes perdas e desperdícios de alimentos em toda cadeia, quando milhares de famílias angolanas passam fome todos os dias.
Segundo a FAO, estima-se que todos os anos, cerca de 1,3 mil milhões de toneladas de alimentos, o que corresponde aproximadamente um terço (em peso) de todos os alimentos produzidos para o consumo humano no mundo são perdidos ou desperdiçados.
O Dia Internacional da Consciencialização sobre Perdas e Desperdício Alimentar é celebrado anualmente a 29 de Setembro, desde 2019, e tem como objectivo sensibilizar as pessoas para evitarem o desperdício alimentar.
A data é uma oportunidade para chamar a atenção, tanto do sector público (autoridades nacionais ou locais) como do sector privado (empresas e indivíduos), para implementar medidas e acções de redução do desperdício alimentar, no sentido de restaurar e reconstruir sistemas alimentares melhores e mais resistentes.
O Dia Internacional da Consciencialização sobre Perdas e Desperdício Alimentar foi proclamado na Resolução 74/209, adoptada na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) em 19 de Dezembro de 2019.
