Luanda - O velejador Matias Montinho, integrante da dupla angolana aos Jogos Olímpicos de Tóquio (Japão), atribuiu a fraca pontuação nas regatas e a consequente 19ª e última posição na classificação ao mau estado de conservação da embarcação.
A selecção nacional ao evento, que integrou ainda o atleta Paixão Afonso, competiu na especialidade de 470 e durante as provas teve problemas técnicos a tal ponto que a embarcação partiu-se em duas ocasiões devido aos fortes ventos.
O atleta do clube naval lamenta o facto de a selecção nacional ter utilizado um barco alternativo sem as condições necessárias para a alta competição e questiona-se sobre a chegada tardia da embarcação oficial ao local da competição.
Para o velejador, que falava à Rádio 5, a última posição é humilhante perante o trabalho realizado visando objectivos bem além dos obtidos nas provas, disputadas na localidade de Enoshima.
Em entrevista à Angop, antes do embarque da delegação ao Japão, o secretário-geral do Comité Olímpico Angolano (COA), António Monteiro "Bambino”, admitiu os riscos de as embarcações (para o técnico e de competição) chegarem atrasadas, o que acabou por acontecer.
Segundo o responsável, a atribuição tardia das verbas por parte do Ministério da Juventude e Desportos dificultou o envio com maior antecedência do material da vela para o Japão.
A participação de Angola nos Jogos Olímpicos, que terminam domingo, ficou orçada em Kz 460 milhões. O material para a vela (embarcação, material auxiliar, envio e regresso de Tóquio) custou Euros 30 mil, segundo o COA.
Além da vela, Angola participou no evento com o andebol feminino, atletismo, natação e judo, todas eliminadas prematuramente.
