Luanda – Em Nova York, a polonesa de 21 anos, Iga Swiatek, líder do Ranking mundial, venceu a rival tunisina, Ons Jabeur, primeira africana a chegar em uma final de Grand Slam, em ténis, nos Estados Unidos da América (US Open2022).
A prova deste ano começou se despedindo da maior jogadora da história e, neste sábado, consagrou o futuro do ténis.
Primeira número 1 do mundo a chegar à final do Grand Slam em Nova York desde Serena Williams, em 2014, Iga Swiatek repetiu a americana que acabou de deixar as quadras para também ser campeã no estádio Arthur Ashe.
A polonesa de apenas 21 anos venceu a tunisiana Ons Jabeur, por 2 sets a 0, parciais de 6/2 e 7/6 (7/5) e foi campeã no último major do ano.
Swiatek tem, agora, dez finais consecutivas ganhas e já colecciona três títulos de Grand Slams (em três finais disputadas) na curta e promissora carreira, sendo os outros dois troféus de Roland Garros, na França.
Ainda faltam 20 desses títulos gigantes para se igualar em simples à Serena, maior vencedora de majors da Era Moderna. Mas o caminho da polonesa rumo ao topo está sendo pavimentado rápida e consistentemente.
Na final deste sábado, Swiatek conquistou seu primeiro troféu do US Open batendo a segunda melhor jogadora da actualidade em quase duas horas de partida.
Foi apenas o quinto confronto entre elas, e estava equilibrado, com duas vitórias para cada lado até o início da tarde deste sábado.
Mas a actual líder do ranking venceu o mais importante confronto entre elas de forma avassaladora no primeiro set, depois com dificuldade no segundo.
Aos 21 anos, a polonesa é a número 1 do mundo com enorme vantagem para a vice líder, que era a estoniana Anett Kontaveit e vai passar a ser Jabeur nesta segunda-feira.
Aos 28 anos, a tunisina vive o grande ano da carreira e se tornou a primeira africana, além de ser a primeira mulher árabe-muçulmana, a alcançar a decisão do US Open. Ela já havia sido vice-campeã de Wimbledon, em Londres, justamente o Grand Slam anterior ao de Nova York.
A decisão começou com um domínio muito grande da número 1 do mundo, que abriu 3 a 0, quebrando a adversária tunisina já no segundo game. Jabeur, então, passou a acertar as devoluções, conseguiu óptimos winners e fez 2 a 3. Em seguida, porém, foi quebrada novamente por Swiatek.
O jogo consistente da polonesa se manteve tanto na esquerda quanto na direita, o que fez com que a rival tivesse muito erros em bolas não forçadas. E o primeiro set, em menos de 30 minutos, foi para Swiantek em nova quebra contra Jabeur.
O óptimo trabalho no primeiro serviço, as boas devoluções seguiram como pontos fortes da jogadora da Polónia no segundo set. Jabeur contou com o apoio da torcida no maior estádio de ténis do mundo. E deu sinais de reacção.
Mas uma dupla falta aqui, outra passada tomada ali, e o lado psicológico da tunisina ia ficando pelo caminho. E algumas raquetes jogadas no chão depois, o segundo set começava igual ao primeiro, com Swiantek abrindo 3 a 0, com uma quebra.
O roteiro se repetiu inclusive com a devolução da quebra de Jabeur. Depois, adivinha? Swiatek devolveu. De novo. E abriu 4 a 2, com o serviço na mão. A polonesa não perdia a calma em momento algum.
E vencia com bons golpes todos os pontos com trocas mais longas. Àquela altura, parecia que o jogo acabaria em poucos minutos. Mas a tunisina resolveu reagir e ainda estendeu a decisão ao empatar o set em 4 a 4, em seu melhor momento da tarde.
A torcida, ávida por mais jogo, passou a torcer ainda mais para a tunisina. Ela cresceu junto. E Swiatek começou a errar, o que não estava acontecendo. A virada estava prestes a acontecer, mas Jabeur perdeu três boas chances de fechar o game.
E a polonesa fez 5 a 4, quando estava mais pressionada. Na sequência, com firmeza, veio o empate da tunisina: 5 a 5. Swiatek confirmou e, desta vez, vibrou. O fim estava próximo. Mas Jabeur insistia, lutava e mantinha as esperanças.
Levou o set para o tie-break. Mas do outro lado estava a melhor da actualidade, e Swiatek fechou a partida em 7/5, sob aplausos efusivos para ambas as finalistas.
Enfim, a líder do ranking mundial não queria estender a tarde em que conquistaria seu primeiro US Open. Assim, na mesma quadra em que a maior estrela do ténis se aposentou há pouco mais de uma semana, uma nova começou a brilhar intensamente neste sábado.