Luanda - Dois anos após a oficialização da Federação Angolana de Artes Marciais Mistas (MMA) em 2020, Angola impôs-se pela primeira vez no Campeonato Africano, terminado recentemente na África do Sul.
Este tipo de desporto de combate começou a ser implementado em Angola antes do ano de 2000, mas apenas em 2020 de forma oficial, sendo que a primeira edição do Campeonato Nacional terá lugar em Junho próximo.
A estreia da mais jovem modalidade desportiva, que inclui boxe, judo, jiu-jitsu, muay-thai e kick-boxing, aconteceu no Campeonato Africano decorrido de 28 a 30 de Abril, na África do Sul. Angola conquistou a segunda posição, com 13 medalhas.
Em declarações esta terça-feira à ANGOP, sobre o feito na estreia do evento continental, o seleccionador nacional Rui Monteiro considerou o resultado acalentador para uma maior estruturação da modalidade e expansão por todo o território nacional.
Em seu entender, a demora na constituição da federação atrasou a aparição em competições internacionais, acrescentando que se conta apenas com três lutadores profissionais, designadamente, Shido Esperança, Eduardo Barros e Etson Fonseca.
Luanda, Benguela, Uige, Huíla, Namibe, Cabinda, Malanje, Huambo, Cunene, Cuando Cubango e Zaire são as províncias que movimentam este desporto.
No africano, a equipa nacional esteve composta por 14 lutadores, nomeadamente Osvaldo Benedito (conquistou uma medalha de ouro-77kg), Mauro Silva (ouro-61kg), Estanislau Wevy (ouro-73kg), Elísio Zua (ouro-83kg), Monessa Neves (prata-61,7kg) e Julião Pimenta (prata-20kg).
Consta ainda Esperança Pereira (bronze-56,7kg), Adalberto Ntyamba (bronze-61kg), Elizandro Sousa (bronze-65,3kg), Tulunda Daniel (bronze-70kg), Evandro Francisco (bronze-77,3kg), Garcia Kimkela (bronze-83kg), Enoce Kaquessa (bronze- 93kg) e Divaldo Vicente (não medalhou).
A África do Sul foi a primeira classificada com 17 medalhas (cinco de ouro, sete de prata e cinco de bronze), seguida de Angola (quatro de ouro, duas de prata e quatro de bronze,) enquanto a Namíbia ocupou a terceira posição (uma de ouro e duas de bronze).
Completam o quadro, o Zimbabwe (uma de ouro), seguido da RDC (uma de prata), Zâmbia (uma de prata) e Mauritânia (uma de bronze).