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Morre antigo ícone do boxe nacional Daniel Kabango “Lussa”

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  • Huíla • Quinta, 02 Março de 2023 | 09h40
Daniel Kabango Lussa - antigo pugilista
Daniel Kabango Lussa - antigo pugilista
Amélia Oliveira-ANGOP

Lubango – O presidente da Associação Provincial de Boxe da Huíla, o antigo pugilista, Daniel Kabango “Lussa”, morreu nesta quarta-feira, na cidade do Lubango, após uma crise cardíaca, que lhe deu em casa, revelou uma fonte familiar, à ANGOP, hoje, quinta-feira.

Lussa é das figuras que mais se bateu pela afirmação do boxe da Huíla, tendo sido dos maiores expoentes da modalidade, enquanto no activo, pois integrou os conhecidos imbatíveis “Três Irmãos da Huíla”, com Estrela Kabango e Lito.

No boxe, ingressou aos dez anos, pelas portas do Sporting do Lubango, de onde partiu para conquistar o país, com destaque para sete títulos nacionais e uma prova da Zona VI Africana, na categoria de 81 kg. Esteve à frente da Associação de Boxe por três mandatos consecutivos (12 anos) e há 17 como dirigente da Fabox, onde era vogal.

No seu palmarés constam vários torneios nacionais, com destaque para provas conquistadas nas Festas da Senhora do Monte, Populares do Sumbe e do Waku Kungo. Muitas das conquistas não estão registadas, dado desaparecimento dos arquivos da associação provincial de desportos individuais.

Em declarações à ANGOP, um sobrinho desse antigo dirigente desportista, António Duval, disse que o tio chegou de Luanda há dois dias e foi queixando-se de dores no corpo, pelo que feito o exame médico acusou paludismo e lhe foi prescrita a medição à base do coartem.

“Ele era hipertenso e não podia tomar coartem, mal fez a primeira dose, dez minutos depois caiu, ainda tentamos reanimá-lo, mas já não chegou com vida ao hospital”, explicou.

Por sua vez, o presidente do Sporting do Lubango, seu mentor, Rui Telles, disse ter sido o seu primeiro treinador, quando este tinha 10 anos e ingressou para os “Leões” do Lubango, de onde mais tarde evoluiu e mereceu a atenção nacional, tendo defendido o País em vários eventos.

Até à data da sua morte, aos 56 anos de idade, Lussa era também agente de investigação criminal da Polícia Nacional. Incorporou os quadros desse órgão do Ministério do Interior em 1985, dois anos depois foi transferido para o Serviço de Investigação Criminal, ocupando a função de investigador-criminal e actualmente estava na secção de buscas e capturas.

Numa mensagem, o Governo da Huíla, através do Gabinete Provincial da Cultura, Turismo, Juventude e Desportos, lamentou a ocorrência e assegura que todo apoio será prestado à família. MS





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