Luanda - A sétima edição do CHAN`2023, que arranca sexta-feira (13), na Argélia, será marcada por várias inovações para maior prestígio da prova africana, disputada há 14 anos.
Além de ser a primeira com a participação de 18 selecções, a competição para jogadores que evoluem nos respectivos países, ficará marcada pela implementação pela primeira vez da tecnologia de Vídeo-Arbitro (VAR) em todos os 32 jogos.
Até então, esta tecnologia de auxílio ao árbitro em campo, em caso de dúvida, tinha sido usada neste evento apenas a partir dos quartos-de-final da edição de 2020, decorrida nos Camarões, ganha por Marrocos.
Outro factor incomum é o facto de dois grupos (D e E) serem constituídos por apenas três integrantes, contra quatro dos restantes (A, B e C), originado uma classificação atípica para os quartos-de-final.
Estão nesta condição, o grupo D (Angola, Mali e Mauritânia) e E (Camarões, Congo Brazzaville e Níger), que apuram apenas uma selecção cada à fase seguinte, contrariamente aos restantes que elegem duas, totalizando oito.
Neste VII evento, Angola será representada pelo árbitro assistente, Ivanildo Lopes.
O que é e como funciona o VAR?
O VAR é a sigla para "Vídeo Assistant Referee", que em português seria árbitro assistente de vídeo. Como o nome já diz, o VAR auxilia o juiz de campo a tomar decisões por meio das câmeras espalhadas pelo estádio.
A equipa do VAR consiste em um árbitro de vídeo e três auxiliares que verificam em tempo real as imagens fornecidas pelas câmaras do estádio. Além deles, há três operadores de replay, que ajudam a equipa do VAR a rever lances polémicos.
Os primeiros experimentos envolvendo árbitro de vídeo no futebol aconteceram nos Países Baixos. Em 2012, a federação holandesa de futebol (KNVB), desenvolveu um sistema chamado de Refereeing 2.0, que viria a ser o embrião do que conhecemos hoje como VAR.
Na época, o sistema de auxílio usando câmaras de vídeo já era utilizado em outros desportos, mas o que motivou a criação de uma tecnologia para o futebol foi a eliminação da Irlanda para a França nas Eliminatórias da Copa de 2010.
O golo da vitória francesa foi marcado após o atacante Thierry Henry claramente ajeitar a bola com a mão, o que rendeu diversas críticas sobre os erros crassos de arbitragem.
