Huambo - O Recreativo da CAÁLA, depois de falhar o quarto lugar do Girabola2021/2022, tem como principal objectivo a conquista da Taça de Angola, para ter acesso às competições africanas.
A equipa do Huambo, que terminou o Campeonato Nacional de futebol da I divisão, na sétima posição, com 42 pontos, joga na próxima segunda-feira (06) com o Petro de Luanda, campeão em título, para os quartos de final da Taça de Angola.
O director-geral do clube, Pacheco de Sousa, em declarações esta quarta-feira à ANGOP, disse que em função da prestação negativa no Girabola, "queremos procurar salvar a época na taça para alcançar os objectivos de participar nas competições africanas”.
Apesar do que considera ser uma prestação negativa, afirmou que o patrocinador tem feito de tudo para garantir as mínimas condições de trabalhos, numa altura em que já foram pagos todos os salários do plantel e dos funcionários, entre outras despesas.
Sobre possíveis reforços e saídas do plantel, antevendo a próxima época, Pacheco de Sousa disse ser prematuro, pois ainda tem por disputar a Taça de Angola.
Acrescentou que, apesar do clube estar no Girabola desde 2009, altura em que ascendeu à 1ª divisão, a sua prestação ainda está longe das expectativas da direcção, dos sócios e adeptos, que auguram a conquista do campeonato nacional ou a Taça de Angola.
Estádio do Caála sem energia da rede pública
Noutra vertente, Pacheco de Sousa sublinhou que o estádio do Recreativo da Caála, inaugurado em 2013, com capacidade para mais de 11 mil espectadores, debate-se com a falta de energia da rede pública.
Indicou que por este motivo, a direcção do clube mandou instalar, recentemente no local, um posto de transformação (PT), que tem garantido o funcionamento da infra-estrutura a base de grupos geradores.
Esta realidade, segundo o responsável, tem causado despesas avultadas, face às exigências, sobretudo, dos trabalhos de manutenção da relva.
Girabola representa maior despesa do Clube
À semelhança dos demais clubes do país, Pacheco de Sousa revelou que a disputa do Girabola constitui a maior despesa para o Recreativo da Caála, se comparado com as receitas obtidas com as quotas de sócios, vendas de bilhetes e de material desportivo.
Lembrou que o clube tem um orçamento por época de 649 milhões de Kwanzas e dificilmente consegue arrecadar 50 por cento dos gastos a partir de outras fontes diferentes do patrocinador.
Como solução deste problema, defende maior valorização dos trabalhos de formação, visando a geração de lucros com a transferência de atletas, para a além da efectivação, com regularidade, do consórcio, de modo a se minimizar as despesas com a logística.
Por isso, assegurou que o Recreativo da Caála vai continuar apostar na rentabilização do património, com o propósito de obter receitas autónomas.
O Clube Recreativo da Caála, orientado técnicamente por Alberto Cardeau, foi fundado a 24 de Junho de 1944, e tem como presidente de direcção, Horácio Mosquito.
A sua melhor prestação foi a de vice-campeão nacional, em 2010, enquanto a pior época aconteceu em 2016, ao ocupar o 11º lugar.
O seu patrocinador é o Grupo António Mosquito e conta com mais de mil sócios.