Lubango - A Universidade Mandume Ya Ndemufayo (UMN) e a Academica de Autores (ASA) da Huíla lançaram hoje, terça-feira, um projecto ambiental , focado na recuperação de florestas nativas nos municípios de Caconda e do Lubango.
Denominado “UVANJE”, o projecto conta com um financiamento dos Serviços Florestais dos Estados Unidos América de 50 mil dólares e numa primeira fase será desenvolvido na cidade do Lubango, mais precisamente no Instituto Superior Politécnico da Huíla, na Serra da Chela, Senhora do Monte, numa área estimada em quatro quilómetros de extensão e quinhentos metros de largura.
A perspectiva é aumentar a cobertura florestal da área com espécies nativas iniciativa que já tem dado os seus primeiros passos, com a aproximadamente 30 trabalhadores agrícolas sazonais que se dedicam à conservação de florestas nativa, conservação das nascentes e plantação de árvores no perímetro de conservação da Fábrica de Água Preciosa e arredores.
No Município de Caconda, nas localidade de Calonamba e Cue-2, o projecto conta com uma iniciativa de colheita, armazenamento, semeadura e plantação de mudas de espécies florestais nativas, com destaque o Muvandje, que se acredita ser uma “excelente fixadora” de azoto no solo e importante para para melhorar a fertilidade dos solos.
O projecto prevê a participação das autoridades tradicionais e a comunidade, envolvendo ainda líderes comunitários da vizinhança, nas tarefas de recolha de sementes, criação e manutenção de viveiros comunitários de árvores nativas e de interesse florestal, ajudando-os diversificarem a sua renda, ao mesmo tempo a preservar o ambiente.
Em declarações à ANGOP, à margem do acto de lançamento do projecto, o vice- reitor para os assuntos científicos e pós-graduação da UMN, Francisco Mayato, fez saber que a ideia é criar viveiros florestais com espécies nativas.
Segundo, o académico a Universidade está aí para investigar e perceber os constrangimentos que existem e fazer com que a sua germinação seja mais fácil.
“Um outro desafio vai ser certamente a introdução dessas espécies em locais degradados para ver como é que elas se desenvolvem fora do ambiente de estufa em que elas estão a ser criadas”, aludiu.
Por sua vez o secretário-geral da Academia de Autores na Huíla “ASA-Huíla”, Valdemar Ribeiro, realçou que a organização tem uma vasta experiência na recuperação de florestas e nesta parceria com a UMN pretende plantar mais de um milhão de árvores, contando com o envolvimento da população na identificação de sementes e na plantação.
Sublinhou que a meta é recuperar as florestas nativas da Huíla, que mesmo arrasadas ainda assim existem e neste projecto vai-se tudo fazer para dar vida e experimentar outras árvores, contando sempre com o envolvimento das comunidades. BP/MS