Soyo - Pelo menos trinta mil barris de petróleo bruto, que há cerca de 30 anos foram derramados na bacia de retenção a céu aberto de Kifuquene, no município do Soyo, província do Zaire, poderão ser removidos nos próximos tempos..
Este derrame de grande proporção ocorreu em consequência do conflito armado, após destruição de dois tanques reservatórios de crude com a capacidade de 400 mil barris cada, propriedades da petrolífera francesa Fina Petróleos de Angola.
Essa intenção foi manifestada quinta-feira, no Soyo, pelo director nacional de segurança, emergências e ambiente do Ministério dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Manuel Xavier.
Em declarações à imprensa, o responsável assegurou que decorrem trabalhos de diagnóstico e recolha de amostras no terreno para análise dos parâmetros físicos, químicos e biológicos dos solos.
Os estudos, segundo o responsável, estão a cargo de técnicos do seu ministério e do Ambiente e destinam-se para apurar o nível de poluição ao ecossistema da zona afectada.
“Queremos dar tratamento à esta situação para que estas áreas sejam limpas e voltem a servir de apoio ao sector petrolífero na localidade”, sublinhou, sem precisar a dimensão total da área poluída.
O especialista em matéria de segurança e ambiente, disse que a limpeza obedecerá a várias etapas, mas sem avançar um horizonte temporal para a sua conclusão, para quem se pretende resolver a situação o mais breve possível.
O local do derrame de petróleo bruto foi um terminal da Fina Petróleos de Angola onde o crude era estucado, antes de ser expedido para os navios petroleiros.
A fonte do Ministério dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, dissertava o tema “a problemática dos derrames nas operações petrolíferas”, em palestra, na qual participaram técnicos e representantes das empresas que actuam no sector e convidados.
O encontro abordou, igualmente, temas relativos à outorga de direitos mineiros, transgressões administrativas, gestão ambiental na Angola-LNG, entre outros. JFC/PMV/JL