Lubango - Vinte e duas espécies de répteis e de anfíbios foram catalogadas no Planalto da Humpata, de 2013 a 2021, por investigadores dos institutos superiores Politécnico Tundavala (ISPT) e o de Ciências das Educação (ISCED) da província da Huíla, algumas delas dadas como extintas há dezenas de anos.
A informação foi hoje avançada à ANGOP pelo professor e investigador do ISPT, Telmo António, à margem da Quinzena da Biodiversidade que decorre no Lubango desde segunda-feira.
Disse tratar-se de um trabalho desenvolvido junto do Centro de Serviços Científicos da África Austral para as Alterações Climáticas e Gestão Sustentável dos Solos (SASSCAL), com vista a obter-se uma informações sobre a variedade de espécies de répteis e anfíbios que ainda podem ser encontradas no Planalto da Humpata.
Detalhou que trata-se de 12 espécies de Répteis e de dez de Anfíbios, entre cobras, lagartos e sapos, onde destacam a Rã-arborícola de Anchieta (leptopelis anchietae) e Cobra de lábios branco (crotaphopetis hatamboeia), castas que foram registadas cientificamente e não eram vistas há mais de cem anos.
Referiu que os trabalhos continuam, mas agora é dentro do observatório de monitorização da Biodiversidade de Angola, instalado na zona da Tundavala, pois há um grande interesse na Região, pelo facto de ser um património natural e cultural e os trabalhos nela desenvolvidos são contínuos.
O Planalto da Humpata é uma formação montanhosa na fronteira entre as províncias da Huíla e do Namibe, onde está a confluência entre a Serra da Chela e a da Leba e estende-se até à zona da Tundavala, onde foram registadas as espécies. BP/MS