Ndalatando - As florestas no Morro do Binda e na Estação Experimental do Kilombo estão a sofrer devastação por parte dos Municipes de Ndalatando (Cuanza-Norte), para a prática agrícola, caça furtiva e fabrico de carvão.
A denúncia foi feita pelo director do Gabinete Provincial do Ambiente, Resíduos Sólidos e Serviço Comunitários, Cristóvão João António, quando falava à ANGOP, hoje (sexta-feira), a propósito do Dia Nacional do Ambiente, que se assinala nesta data.
Segundo o responsável, muitos cidadãos, incluindo funcionários públicos estão a apostar na agricultura, como uma nova fonte de renda e de sustento de suas famílias, mas estão a trabalhar em qualquer área.
Informou que ao contrário das famílias camponesas, que praticam agricultura de subsistência em pequenos terrenos, “os funcionários públicos, com algum poderio económica estão a devastar grandes áreas que vão de um a três hectares”.
Defendeu que para a prática da agricultura, a população deve procurar locais apropriados, respeitando as reservas florestais.
A população, continuou, não precisa derrubar todas as árvores, alegando que a sombra impede o crescimento das culturas, porque também existem plantas que precisam de sombra, por este facto a população dever ser orientada, para haver um equilíbrio na natureza.
Cristovão António indicou que as florestas no Morro do Binda e do Kilombo são o “pulmão da cidade” e devido a devastação das mesmas, verifica-se já alterações climáticas em Ndalatando.
A título exemplificativo, disse outrora a partir dos meses de Maio a temperatura na cidade era muito baixa e as pessoass tinham que estar bem agasalhadas e que dificilmente a população usava ar condicionado, mas hoje a situação inverteu.
Por outro lado, pediu à população maior conscientização sobre a necessidade de protecção da natureza, para a preservação, não só das espécies animais e vegetias, mas também da vida humana.
Aconselhou a população a deitar o lixo, no horário (das 17 horas às 22 horas) e locais adequados para facilitar a limpeza da cidade.
No Cuanza- Norte, a jornada em alusão ao Dia Nacional do Ambiente iniciou a 9 de Janeiro com a realização de palestras sobre educação ambiental em escolas, mercados e nas comunidades, assim como uma mesa redonda, para a protecção da natureza. IMA/SEC