Luena – A província do Moxico carece de 100 novos fiscais florestais para maior inspecção das zonas de exploração da madeira e combate as queimadas, soube, esta quarta-feira à ANGOP, no Luena.
Actualmente, o Instituto de Desenvolvimento Florestal (IDF) conta apenas com 10 fiscais, quantidade irrisória para garantir a protecção da fauna e flora da província, que possui uma área de 223 mil 23 quilómetros quadrados, de acordo com o chefe de departamento desta instituição no Moxico, Paulo Muacanzanga.
Conforme o responsável que falava à ANGOP, sobre o andamento da campanha florestal que termina 31 do corrente mês, além de recursos humanos, o IDF está igualmente privado de meios técnicos e rolantes, limitando a acção dos fiscais.
A carência de fiscais tem proporcionado a exploração desordenada da floresta, alterando cada vez o meio ambiente.
Sobre a campanha florestal, disse que quatro empresas estão a explorar os 20 mil metros cúbicos disponibilizados para o presente ano florestal.
Na ocasião, o responsável destacou as várias espécies de madeiras existentes nesta circunscrição, nomeadamente a Muvula, Mulonde, Mucossua, Muvuca e Mussesse, árvores que considera de qualidade, que podem ser usadas na produção de imobiliário, dinamizando as pequenas indústrias de transformação.
Angola tem uma superfície de floresta natural estimada em 53 milhões de hectares, o que corresponde a cerca de metade (43 por cento) do território nacional e tem uma capacidade anual de corte estimada em 326 mil metros cúbicos de madeira, milhares de toneladas de carvão e lenha.
Deste número de 53 milhões de hectares, a província do Moxico possui 380 mil hectares, sendo a segunda maior no país, depois de Cabinda. LTY/TC/YD