Lubango - Cem cedros destinados ao combate à desertificação e mitigação dos efeitos da seca, na província da Huíla, foram hoje, quinta-feira, plantados pelos Ministros do Ambiente da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), na reserva florestal da localidade do Calume II, na comuna da Palanca, município da Humpata.
Trata-se dos ministros de Angola, Cabo-Verde, Brasil, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste, cuja acção encabeçada pela Ministra do Ambiente, Ana Paula de Carvalho, enquadra-se, no âmbito da IX Reunião dos Ministros do Ambiente da CPLP, que a Huíla acolhe, na sexta-feira, sob orientação da vice-presidente da República, Esperança da Costa.
Em declarações à Imprensa à margem da actividade, a ministra angolana realçou ser um processo de continuidade, pois o Governo da Huíla tem, doravante, a responsabilidade de identificar outras áreas para a plantação de árvores.
Justificou a escolha do cedro pelo facto de ser uma planta característica da zona, adapta-se facilmente ao clima da região, é de rápido crescimento, ajuda na redução do desmatamento de florestas nativas, do aquecimento Global, na fertilidade do solo e é eficiente contra a erosão e recuperação de áreas degradadas.
“Hoje a província da Huíla acaba sendo a capital da CPLP, pois estão aqui vários países, para discutirmos aquilo que são as questões ambientais, que de uma forma geral são semelhantes, então vamos encontrar soluções conjuntas, para os problemas que temos a nível da CPLP, ligados ao ambiente”, ressaltou.
Muitos desses problemas, prosseguiu, começam a ser tratados agora e outros já nalguns sítios com maior avanço, mas querem os trocar experiências, aproveitar o encontro para tratar de vários assuntos.
Segundo a ministra, um dos focos principais das preocupações de Angola, recai às áreas de conservação, no caso da Huíla, o Parque Nacional do Bicuar e a preocupação com os resíduos plásticos que estão a contaminar os oceanos, no país.
A VIII Reunião ocorreu em Novembro de 2020, via plataforma electrónica, esteve centrada no reforço da cooperação para reduzir a perda da biodiversidade e enfrentar as alterações climáticas.
A CPLP, foi estabelecida através da Declaração Constitutiva de 17 de Julho de 1996, na Conferência de Chefes de Estado e de Governo que decorreu em Lisboa. Nessa cimeira reuniram-se Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal e São Tomé e Príncipe. Em 2002 decorreu a adesão de Timor-Leste e em 2016, da Guiné Equatorial. BP/MS