Ondjiva - O viveiro florestal de Xangongo, município do Ombadja, província do Cunene, beneficia, desde Janeiro último, de obras de recuperação, visando a retoma gradual de produção de mudas de plantas.
Construído em 2010, o viveiro de Xangongo, com quatro naves, foi implantado numa área de 10 hectares, com capacidade de produção anual de 250 mil plantas florestais, ornamentais e fruteiras em ambiente controlado.
A informação foi prestada, esta quinta-feira, pelo chefe do Instituto de Desenvolvimento Florestal (IDF) no Cunene, Dumbo Mupei, realçando que nos últimos cinco anos a infra-estrutura apresentava degradação do sobreiro e sistema de irrigação que impossibilitava a produção de mudas.
“O viveiro está degradado há mais de cinco anos e clama por uma intervenção urgente na parte de cobertura de protecção e do sistema de irrigação, para garantir a humidade das mudas”, enfatizou.
O responsável realçou ser a única infra-estrutura na província de apoio a produção de mudas de plantas e foi criada no âmbito do programa de combate à desertificação, visando a promoção do povoamento e repovoamento florestal.
Fase a situação, esclareceu, o órgão central disponibilizou mais de dois milhões de kwanzas, que permitiu a substituição do sobreiro de duas, das quatro naves existentes.
Disse que o desafio é ver recuperadas pelo menos duas naves, para que o viveiro possa produzir pelo menos 50 por cento da capacidade.
O responsável lamentou a insuficiência de recursos para reparação ou aquisição de uma moto-bomba, realçando que a existente sofreu vandalização.
Dumbo Mupei lembrou que o viveiro está situado a 500 metros do rio Cunene, com uma elevação entre 15 a 10 por cento e actualmente não dispõe de material de irrigação e tubagem de polietileno em bom estado.
Apesar das dificuldades, disse que nesta altura os trabalhos de retoma da produção gradual de mudas é um facto, estando neste momento em produção duas mil e 600 plantas de nime.
A par da produção, realçou que os técnicos estão a trabalhar no processo de recolha e processamento de algumas sementes e estacas florestais, ornamentais e frutíferas, cuja aposta recai para produção de citrinos.
Nesta altura temos minimamente as condições criadas para a retoma da produção essencial, realçando que os mês de Maio e Junho considerado mês da produção em massa.
De realçar que 30 mil mudas de plantas, produção transitória de 2021, ficaram destruídas devido a intensidade de radiação solar nesta região e do sistema de irrigação.FI/LHE/VIC