Ondjiva- O chefe do Instituto de Desenvolvimento Florestal na província do Cunene, Dumbo Mupei, solicitou esta sexta-feira, maior envolvimento das comunidades, no tratamento das questões ambientais.
Em declarações à ANGOP, o responsável manifestou-se preocupado com o abate constante de árvores para produção de carvão, construção e áreas de cultivo, que agrava a situação das mudanças climáticas que se regista na região.
Dumbu Mupei disse que devido a irregularidades das chuvas, muitas famílias optaram pelo corte de árvores para garantir o sustento alimentar.
“Não se trata de exploração de madeira, mas sim de corte de árvores de médio e grande porte, para o fabrico de carvão e construção de residências”, esclareceu.
Face à situação, disse haver necessidade de um maior envolvimento das autoridades administrativas, do poder tradicional, igrejas e associações, de modo a educar e consciencializar as comunidades rurais, por serem os grandes mentores desta prática.
Dumbo Mupei fez saber que no presente ano, o sector lançou uma acção de diagnóstico e sensibilização junto dos reinados e sobados, com auscultação do Rei de Okwanhama e de Ombala ya Nalueque , no sentido de colaborar na educação, fiscalização e denúncia.
Apontou como principais áreas de exploração destes recursos o eixo da fronteira com a República da Namíbia, na localidade de Oupale, nos eixos rodoviários que ligam os municípios da Cahama, Ombadja e Cuanhama, Namacunde e Cuvelai.
Este tipo de actividade recorrente e extensiva em todos eixos, onde o Omufiuati é a espécie eleita, por apresentar característica próprias de resistência para predadores e o seu carvão ter muita qualidade do ponto de vista da combustão.
Fez saber que o órgão está desprovido de meios humanos, técnicos e de transporte para contrapor a situação.FI/LHE/ART