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IDF incapaz de travar desmatação desenfreada na Huíla

     Ambiente              
  • Huíla • Quarta, 31 Janeiro de 2024 | 14h50
Bacia do Rio Cubango
Bacia do Rio Cubango
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Lubango - O Instituto de Desenvolvimento Florestal (IDF) da Huíla não tem meios, nem homens para combater, de forma eficiente, a produção ilegal de lenha e carvão, que devasta amplas áreas da região.

Actualmente o IDF na Huíla conta com 10 fiscais, muitos deles com idade superior a 50 anos, bem como com apenas duas viaturas com mais de 10 anos de uso, para responder aos 14 municípios da província.

Até 2021, o necessitava de 140 fiscais, a razão de dez para cada município da província, para reforçar a acção dos disponíveis que trabalham sobrecarregados. Já para os meios a necessidade fixa-se em 14 viaturas para atender o trabalho de fiscalização, com vista a prevenir e combater as queimadas anárquicas, assim como a caça furtiva.

Ao manifestar a preocupação com a “elevada” produção ilegal de lenha e carvão na Huíla, mesmo sem quantificar, o chefe de secção técnica e fiscalização dos serviços provinciais do IDF na Huíla, Armindo Malengue, referiu que essas condicionantes dificultam o trabalho inspectivo na vertente.

Fruto desta incapacidade há, segundo a fonte, grupos de pessoas que aliciam jovens nas imediações do Polígono Florestal da Humpata para cortar árvores, aproveitando-se da mesma para fazer lenha, com destino para as salsicharias e padarias.  

Acrescentou existir cidadãos que ao fazerem jangos e casas de construção precárias, com uso de paus, também incentivam os populares na zona para fazerem corte de árvores.

“Tem também os produtores de carvão e outros que vendem os postes para a vedação, principalmente no troço da Chibia/Chiange (Gambos), a caminho da província do Cunene, uma zona que consegue-se notar o corte de árvores para o efeito”, lamentou.

Nos municípios tidos como os potenciais produtores de carvão, segundo Armindo Malengue, constam o Cuvango e Jamba, uma produção comercializada principalmente na Matala.

A província, na era colonial, tinha quatro polígonos florestais, do Sandji e do Bundjei (Chipindo), do Waba (Caconda) e da Humpata, hoje conta com três, sendo que o do Sandji foi privatizado por ordem de um decreto, acordo com  a fonte.  

A Huíla, localizada no sul do país, cuja capital é Lubango, tem um clima tropical de altitude e a sua extensão territorial é de 79 mil 022 quilómetros quadrados. Tem uma população estimada em três milhões 383 mil 342 habitantes.

A província tem 14 municípios, nomeadamente, Caconda, Gambos, Caluquembe, Chicia, Chicomba,Chipuindo, Cuvango, Humpata, Jamba, Lubango, Quilengues, Matala, Quipungo e Cacula. EM/MS





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