Lubango - A província da Huíla proclamou nesta terça-feira, Associação Ecológica e Ambiental “Omuntiati”, para a defesa da biodiversidade, numa acção do Instituto Superior de Ciências da Educação (ISCED), em parceria com a Academia de Autores.
A associação vai promover a educação ambiental e a sustentabilidade dentro das escolas, apoiar estudos nas áreas de conservação e divulgação do seu conhecimento, abordoar a criação de áreas e hortas pedagógicas nas escolas, bem como a condução de estudos sobre a ecologia e a paisagem natural da região.
A Omuntiati é uma árvore que para além da madeira tem benefícios medicinais, é anti-fúngica, anti-bacteriana e anti-séptica.
Ao intervir no lançamento da agremiação, o presidente do ISCED-Huíla, Hélder Bahu, referiu tratar-se de um projecto importante para a instituição que demorou muito tempo para a sua concretização e com o mesmo o instituto confirma a sua tradição na componente ecológica e ambiental.
Declarou que a complexidade da Omuntiati corresponde ao início de uma diversidade de estudos virados ao meio ambiente e a sua preservação que pelas idiossincrasias das suas populações terá de ancorar-se na gesta da ecologia cultural.
“Pensamos nos planos de desenvolvimento municipal, nos planos directores, a planificação do crescimento urbano ou rural dentro da componente ecológica muito bem afinadas está aqui esta associação que vai nos permitir respirarmos um ar puro e termos um espaço mais agradável para se estar”, continuou.
Entre as motivações da criação da associação, o presidente da Omuntiati, Francisco Maiato, avançou estarem ligadas a problemas ambientais na região como a destruição dos habitats naturais, da venda ilegal dos produtos da biodiversidade, desde as plantas medicinais, aves e de alguns animais selvagens, entre outros.
Salientou que todas as pessoas que subscreveram a associação estão de alguma forma ligadas à uma actividade profissional, que por aquilo que são as suas especificidades, faz todo o sentido pensar em contribuir mais com os conhecimentos de cada um.
As formas de actuação são diversas, segundo a fonte, primeiro o grupo acredita nos projectos de investigação, principalmente aqueles que depois têm um impacto nas comunidades, pelo que durante muito tempo trabalhou na investigação e muitos deles com um impacto positivo nas comunidades.
“Essa é uma das formas que queremos continuar a levar a cabo, obter financiamentos para resolver problemas locais. Temos também de olhar para outras actividades filantrópicas onde formos chamados. Queremos ser uma associação actuante e aberta que possa receber informações e denúncias de agressão sobre o meio ambiente e nos juntos com as autoridades podermos encontrar uma solução”, continuou.
Por sua vez, a directora do Gabinete Provincial do Ambiente, Gestão de Resíduos e Serviços Comunitários, Tânia dos Santos, referiu ser uma associação que já demonstrou comprometimento e junta-se à causa porque o Governo apenas giza as políticas e os programas, mas são as associações que agem no terreno. EM/MS