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Herbário mobiliza recursos para manter observatório da vegetação

     Ambiente              
  • Huíla • Sábado, 19 Fevereiro de 2022 | 10h55
Fernanda Lages   Investigadora
Fernanda Lages Investigadora
José Filipe

Lubango – O centro de investigação do Herbário do Instituto Superior de Ciências da Educação (ISCED) da Huíla, necessita de 80 mil Euros, para manter o trabalho de investigação e monitorização de observatórios de vegetação e conservação dos recursos naturais e florísticos iniciado em 2018.

O valor servirá para pagar investigadores, formar técnicos em mestrados e doutoramento no campo de observatórios, num projecto que conta com o apoio de uma universidade Alemã, no quadro da parceria rubricada com o ISCED/Huíla em 2013.

Em declarações hoje, sábado, à ANGOP, no Lubango, a investigadora do herbário do Lubango, Fernanda Lages, sublinhou que caso se consiga o financiamento, poder-se-á reforçar o trabalho de identificação, conservação e cadastramento de plantas nativas na Tundavala, Bicuar e parque do Iona.

A académica afirmou que, ao longo dos últimos anos, esse projecto identificou seis mil 735 plantas nativas e 226 não nativas e quatro espécies, algumas das quais endémicas.

Assegurou que a mobilização de recursos é externa e impedirá a interrupção da actividade e dará sustentabilidade ao projecto dos observatórios, porque muitos projectos dessa natureza começam, mas são interrompidos por falta de dinheiro.

Para ela, é importante que o projecto de observatório continue, dada sua importância na monitorização e possíveis alterações da biodiversidade relacionadas com a actividade do homem e com os processos naturais.

Segundo a fonte, o modelo de observatório da biodiversidade foi criado por um grupo de cientistas alemães há duas décadas e implantada em vários países africanos, primeiro em Marrocos e no Burkina Faso, sendo que Angola e a Zâmbia foram os últimos a aderir a rede de observatório de África.

Observou que os observatórios são espaços abertos com a dimensão de um quilómetro quadrado e estão próximo de áreas que estão a ser modificadas ou onde haja algum interesse do ponto de vista biológico.

“Todos os anos temos que fazer um levantamento da biodiversidade em cada um desses observatórios e esses levantamentos anuais originam numa série temporal de dados”, - disse.

Fez saber que os observatórios mostram também um conjunto de dados de possíveis alterações ou não da biodiversidade em função de modificações climáticas pela acção humana, por isso cada um tem uma estação meteorológica instalada, que permite associar essas mudanças.

Essas estações, conforme a investigadora, dão conta dos dados em tempo real das condições climáticas nas regiões dos observatórios, logo, deve-se continuar a fazer os levantamentos da biodiversidade, mantendo as estações funcionais para que se possa ter os dados climáticos nesses campos.

Esse elemento ajuda ainda no controlo de plantas, mamíferos, aves, répteis e anfíbios do conjunto de seres vivos que residem naquela região e que pode ou não modificar em função da mudança a vários níveis.

O projecto do observatório da Huíla foi criado em 2018 e até agora já consumiu 76 mil Euros, por meio de um financiamento europeu.





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