Rivungo - O governador da província do Cuando, Lúcio Amaral, apelou, terça-feira, aos munícipes para que abandonem a prática da caça furtiva, como forma de protecção da fauna, sob pena de serem responsabilizados criminalmente.
O governante, que manteve uma reunião de concertação social com as autoridades tradicionais e entidades religiosas da sede de Mavinga, capital do Cuando, recordou que a caça furtiva está proibida em Angola e a sua prática constitui um crime ambiental.
Por isso, aconselhou os membros da sociedade civil a disseminar esta mensagem, para que se deixe esta prática na província do Cuando, tendo em conta os notáveis prejuízos à fauna, com destaque para o desaparecimento do rinoceronte.
Avançou, neste particular, que as acções de fiscalização da fauna vão ser reforçadas, como forma de intensificar o combate cerrado à caça furtiva na província do Cuando.
Lembra que, no âmbito do projecto de Conservação Transfronteiriço Okavango-Zambeze (KAZA), cuja implementação, por parte da Região Angolana, o Cuando está contemplado, os animais selvagens servirão de atracção para os turistas nacionais e estrangeiros, com retornos de divisas.
Na ocasião, o administrador municipal do Rivungo, João Wilson Tchimbinde, informou que a fauna dessa região ostenta animais como elefantes, girafas, cabras do mato, palanca real, leões, rinoceronte, búfalos, avestruz, entre outros animais.
No seu segundo dia de trabalho, o governador visitou, em companhia do administrador do Rivungo, a sede da vila do novo município do Xipundo, que conta com 8.598 habitantes, maioritariamente camponeses.
No contacto com a população, Lúcio Amaral explicou que o Xipundo, que dista a 265 quilómetros a sul da sede de Mavinga, nasce da implementação da Divisão Político-Administrativa (DPA), cujo acto da sua institucionalização acontecerá em breve.
Assegurou que as necessidades de abastecimento de energia eléctrica e de água potável, de aumento de infra-estruturas escolares, hospitalares, administrativas, do efectivo de Polícia Nacional, dos órgãos de Defesa e Segurança, serão satisfeitas paulatinamente.
A questão das vias de acesso, para facilitar a circulação de pessoas e bens, de telefonia móvel, uma vez que a dependência, para a comunicação, é a partir da Zâmbia, consta da atenção do governador, que entende que a população deve participar no desenvolvimento do Chipundo.
Por último, o governador visitou as obras paralisadas do centro médico e da casa dos médicos, a escola primária e o sistema de abastecimento de água na sede do Chipundo. ALK/FF/PLB