Ondjiva – A caça das aves migratórias é uma ameaça à exterminação das espécies que se deslocam de uma área para outra à procura de condições de alimentos e reprodução, admitiu esta terça-feira, em Ondjiva, província do Cunene, a bióloga Nilza Gusmão.
Ao falar à ANGOP, a propósito do Dia Mundial das Aves Migratórias, assinalado a 12 de Outubro, desaconselhou a prática da caça para a protecção destas espécies, devido o seu papel determinante na manutenção da ecologia.
Informou que essa espécie de pássaros em determinados períodos do ano, desloca-se de uma região para outra, tudo isso para aproveitarem as melhores condições de alimento, clima e segurança para reprodução.
A bióloga referiu ainda que as mesmas ajudam na economia, fundamentalmente a conservação dos ecossistemas com a dispersão de sementes de um lugar para outro, facilitando a reprodução de plantas diversificadas.
Particularmente no Cunene, enfatiza que a seca constante também influência na migração das aves do seu habitat natural, para a foz dos rios e em lugares onde há água e alimentos em abundância.
Nilza Gusmão referiu que essas deslocações permitem também a pesquisa científica, porque as aves migratórias são objecto de estudo para os investigadores ligados à ecologia comportamental.
O Dia Mundial das Aves Migratórias destina-se à chamada de atenção para a necessidade da sua conservação e dos seus habitats e aumentar a consciencialização global sobre as ameaças enfrentadas pelas aves migratórias.
A efeméride foi instituída em 2006 pelo Secretariado do Acordo para a Conservação das Aves Aquáticas Migratórias Afro-Eurasiáticas “AEWA” em colaboração com o Secretariado da Convenção sobre a Conservação das Espécies Migratórias da Fauna Selvagem “CMS”. PEM/LHE/SEC