Caxito – A província do Bengo não possui qualquer projecto para construção de um aterro sanitário, devido ao elevado custo que o mesmo acarreta, considerou hoje, em Caxito, a directora provincial do Ambiente, Gestão de Resíduos e Serviços Comunitários, Janice Muanamalongo.
Ao falar a propósito do Dia Nacional do Ambiente (31 de Janeiro), a responsável informou que a construção de um aterro sanitário requer um custo avultado e a orientação é, numa primeira fase, ter as lixeiras controladas e encontrar empresas que financiem a construção de centros de valorização de resíduos, onde poderá ser feito o reaproveitamento dos mesmos.
“Não temos ainda um centro de valorização de resíduos a funcionar, mas já há um local proposto e estamos à espera que as empresas que se prontificaram em financiar o projecto dêem início. Mas ainda é preciso fazer um estudo de impacto ambiental para saber se é viável ou não”, explicou.
Informou que o gabinete que dirige tem estado a sensibilizar a população sobre o aproveitamento dos resíduos, pois estes podem gerar dinheiro e ser uma fonte de arrecadação de receitas para as famílias com a criação de cooperativas de catadores.
“Nesse momento já temos muitas cooperativas criadas, estamos a orientá-las no sentido de se legalizarem junto da Agência Nacional de Resíduos para se tornarem operadores de resíduos. Temos a documentação de cinco cooperativas e falta apenas a autorização”, explicou.
Todo o esforço está a ser feito no sentido de se ter uma província com sustentabilidade ambiental.
Para tal, destacou a aprovação do plano provincial de limpeza urbana e o programa de banimento do uso de sacos plásticos nas padarias.
A este propósito, disse haver já alguns ateliers no município do Dande a produzir sacos de pano em grande quantidade, enquanto procura-se fornecedores de sacos de papel para suprir a procura.
Nesta altura continua a fase de sensibilização, referiu. CJ/IF