Luanda – Um observatório comunitário de aves migratórias será criado, este ano, pelo Ministério do Ambiente, no município do Mungo, província do Huambo, informou esta quinta-feira, em Luanda, o chefe do Departamento das Áreas de Conservação do INBAC, Noé Pinto Quelengue.
Em declarações à ANGOP, depois de intervir sobre “Monitorização das aves migratórias em Angola”, ressaltou que a mesma zona será elevada a categoria de área de conservação ambiental local no grupo cinco, na qual a zona consegue se enquadrar para gestão de espécie e habitat.
Segundo o responsável, será lançado um programa no mês de Março, para o reflorestamento do local, por ser uma necessidade emergente para o êxito da criação deste observatório.
Salientou que a medida surge na sequência da identificação dos principais sítios com maior habitação da avifauna, na qual têm feitos vários estudos sobre a identificação das aves e da protecção destes locais.
Reafirmou que existem cinco grandes sítios no país, no qual três são considerados áreas marinhas de importância biológica ecológica, uma reserva natural e outra integral do ilhéu dos pássaros.
Explicou que estas zonas apresentam pressões da vida humana relacionadas com a caça, exploração de salinas, depósito de resíduo doméstico, captação de mabanga, agricultura itinerante e queimada que têm por sua vez influenciado na redução da avifauna ao longo da costa nacional.
Apontou que Angola regista milhares de avifauna entre Janeiro a Março, vindo da Europa devido ao inverno nesta região, aconselhando ser o melhor momento para fazer o turismo de observação de aves.
Adiantou esperar da conferência o engajamento das comunidades locais, os participantes e mobilização de fundos para implementar as acções relacionadas a conservação da avifauna em Angola. SJ/SEC