Mbanza Kongo – As novas técnicas de cultivo de sementes, implementadas no âmbito do Projecto de Reforço da Resiliência dos Agricultores Familiares (SREP, sigla inglesa), estão a dinamizar a actividade agrícola no município do Cuimba, província do Zaire.
Alguns camponeses inseridos nas escolas de campo na municipalidade, afirmaram em declarações à ANGOP, que as novas ferramentas estão a proporcionar o aumento da produção agrícola e a subsequente colheita dos produtos se comparado com os anos anteriores em que se aplicavam os métodos tradicionais.
Para a camponesa Esperança Vuvo Maria, integrante de uma cooperativa agrícola, nos últimos anos, aumentou o rendimento de colheita dos seus produtos, cujo excedente é comercializado na vizinha República Democrática do Congo (RDC).
Maria Fineza, também camponesa, valorizou os conhecimentos que têm sido transmitidos pelos técnicos do Instituto de Desenvolvimento Agrário (IDA), nas escolas de campo.
Entre os conhecimentos que os camponeses inseridos nas escolas de campo adquirem, destacam-se o lançamento de sementes à terra e a variedade correspondente com o solo.
Setenta e cinco escolas de campo beneficiam de verbas
Setenta e cinco, das 92 escolas de campo em funcionamento na província do Zaire, vão beneficiar de 417 mil kwanzas cada, para as despesas correntes, informou o chefe do departamento do Instituto de Desenvolvimento Agrário (IDA), Quintas Orlando.
Explicou que a verba a ser alocada este ano, servirá para a aquisição de inputs agrícolas, no âmbito do SREP.
De acordo com o responsável, a previsão é de criar 520 escolas de campo, até 2026, para melhor capacitar os agricultores familiares.
No Zaire já foram seleccionadas 140 aldeias, nos municípios de Mbanza Kongo, Tomboco, Cuimba e Nóqui.
Orçado em USD 150 milhões, o SREP é co-financiado pela Agência Francesa de Desenvolvimento (AFAD), pelo Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrário (FIDA) e Banco Árabe para o Desenvolvimento Económico de África (BADEA).
O SREP está a ser implementado nas províncias do Zaire, Bengo, Uíge, Cuanza Norte, Cunene e Benguela. DA/JL