Lubango - Dezanove jovens dos municípios de Caconda, Chicomba e Caluquembe, na província da Huíla, beneficiaram em Junho último de um financiamento 76 milhões de kwanzas, da linha "Jovem do Projecto de Desenvolvimento da Agricultura Comercial (PDAC)".
Trata-se de oito jovens em Caluquembe, igual número para Chicomba e três para Caconda. Cada um recebeu quatro milhões de kwanzas não reembolsáveis, um apoio do Executivo para que a juventude possa implementar as suas ideias de negócios.
Dos beneficiados, com idades entre os 18 aos 40 anos, 16 estão na área de produção agrícola, na cadeia de valor do PDAC, e três na área de comercialização, na qual a coordenação do projecto exige dos jovens responsabilidade e resultados satisfatórios para a continuidade do programa.
Inicialmente, a coordenação do projecto recebeu 43 manifestações de interesse e destas apenas 23 passaram para a fase da entrevista, mas nesta etapa desistiram dois e um não apresentou um projecto sustentável, tendo ficado só os 19.
Os potenciais empreendedores beneficiaram anteriormente da coordenação do projecto, uma formação sobre técnicas de produção, gestão de pequenos negócios, que decorreu, durante dois dias, em Caluquembe, para terem uma ideia do que querem fazer, como produzir, factores de produção, gestão pós-colheita, entre outros mecanismos para serem bem sucedidos.
Em declarações à ANGOP, hoje, segunda-feira, no Lubango, o director do Gabinete Provincial da Agricultura, Pecuária e Pescas da Huíla, Pedro Muanda, afirmou que o objectivo era de financiar mais jovens, mas nem todos os projectos foram elegíveis, todavia admite que a ajuda vai servir para minimizar a falta de emprego.
Reforçou que a referida linha do PDAC visa estimular a produção da juventude no sector da agricultura com financiamento que faz parte dos fundos perdidos, na qual a juventude não terá de devolver.
O PDAC é uma iniciativa do Governo de Angola, com o apoio do Banco Mundial e da Agência Francesa de Desenvolvimento, com a finalidade de aumentar a produtividade e melhorar o acesso ao mercado para beneficiários seleccionados nas áreas de intervenção.
O projecto foi lançado em Dezembro de 2018 e centra-se nas províncias de Malanje, Cuanza Norte, Cuanza Sul, Huambo, Bié e Huíla, contemplando as cadeias de valor seleccionadas como prioritárias, a agricultura (milho, feijão, soja, café, mandioca, batata-doce e batata rena) e pecuária (ovos e frangos).
O PDAC tem num financiamento do Banco Mundial e da Agencia Francesa para o Desenvolvimento de 185 milhões de euros, para um período útil do investimento de seis anos e prevê ser executado até 2024. MS