Icolo e Bengo - O Ministro de Estado para Coordenação Económica, José de Lima Massano, prometeu, esta sexta-feira, na província do Icolo e Bengo, a reabilitação do sistema de bombagem de água do projecto Agro-Quiminha, no município de Cabiri.
O objectivo é o de garantir o pleno funcionamento do projecto e assegurar a cadeia alimentar a nível das províncias do Icolo e Bengo e de Luanda.
O governante proferiu estas palavras no final de uma visita de campo que efectuou a algumas infra-estruturas agrícolas e económicas das duas províncias, visando encontrar soluções para reactivar, o pleno funcionamento do Polo Agro-Industrial da Quiminha e do Entreposto Aduaneiro.
Neste momento, a Agro-Quiminha, infra-estrutura do Governo angolano, inaugurada em 2012, numa área total aproximada de cinco mil hectares, está a produzir numa espaço de apenas dois mil hectares dos três e 600 preparados por escassez de água e de energia elétrica.
Essas dificuldades, de acordo com o governante, serão ultrapassadas, com a manutenção das duas bombas de sucção, com a capacidade de adução de cerca de quatro mil e 500 metros cúbicos por hora e de nove mil metros cúbicos por hora, respectivamente, que captam água a partir da lagoa Lalama, no rio Bengo.
"Observamos aqui a entrada de alguns novos investidores sobretudo para produção de frangos e ovos e felizmente, nesse domínio, os investimentos necessários para recuperar a infra-estrutura aviária é de natureza privada. Por isso não teremos que fazer grande esforços se não assegurarmos o fornecimento regular de água", frisou.
Relativamente à fábrica de ração, o ministro fez saber que chegou a um entendimento com os produtores avicolas, há cerca de quatro meses, sobre a necessidade de se ter uma ração mais disponível e a preços mais competitivos.
Referiu que foi feita uma importação complementar de milho e soja, que está agora no Porto de Luanda, que apartir da próxima semana, garantirão o funcionamento das máquinas para a produção de frango e de ração. "Vamos ter, por isso, uma oferta maior de ração a preços competitivos", acrescentou.
Por sua vez, o Presidente do Conselho de Administração da Gesterra, empresa gestora do projecto, Carlos Paím, fez saber que com as actuais limitações de escassez de água e de energia, foi possível produzir, na safra passada, cerca de duas mil toneladas de produtos diversos, entre tomate, pimento, pepino, berinjela e cerca de mil e 500 toneladas de cereais.
Disse que quando estiverem ultrapassados os constrangimentos, possivelmente, dentro de seis meses, a produção, neste ano de 2025, poderá chegar a cerca de 15 mil toneladas, atingindo em 2026, as 25 mil toneladas.
O projecto está doptado de sistema de captação, adução e armazenamento de água, sistema de transporte, fornecimento de energia eléctrica, uma aldeia com 300 fazendas familiares de 1 hectare cada, entre outros equipamentos.
Tem igualmente silos com a capacidade de armazenamento de 4500 toneladas, fábrica de ração de 15 toneladas/hora, câmaras de frio 8000 toneladas e um parque de máquinas.
José de Lima Massano fez-se acompanhar, na sua visita de campo, pelo ministro da Indústria e Comércio e secretários de Estado da Agricultura e Florestas, Energia e Águas e das Finanças.
A comitiva avaliou o estado da Estação de Captação de Águas, Reservatório Principal e Reservatório Operacional, fábrica de ração, aviário e o Entreposto Aduaneiro, situado em Luanda. AJQ