Lubango - A 2ª fase da “Linha de Financiamento Jovem” do Projecto de Desenvolvimento da Agricultura Comercial (PDAC) prevê beneficiar mais de 50 pessoas, entre produtores, transformadores, comerciantes e distribuidores, nos 14 municípios da Huíla.
Lançada em Abril do ano em curso, a linha tem um pacote de seis milhões e 500 mil kwanzas para cada jovem, sem reembolso, ao contrário da primeira etapa que beneficiou, em 2023, 19 operadores em três municípios da Huíla, num montante de quatro milhões de kwanzas cada.
Em declarações à ANGOP hoje, sexta-feira, nesta cidade, o coordenador do PDAC na Huíla, Agnelo Miguel, afirmou que receberam mais de cem manifestações de interesse para o programa direccionado para a juventude, sendo que já foram realizadas 60 entrevistas, destas pelo menos 15 produtores já foram visitados.
Das 15 visitas, segundo a fonte, quatro produtores foram excluídos, por não possuírem as condições necessárias, sobretudo o terreno que alegaram ter durante a entrevista, mas pretendem visitar todos até o final do mês em curso, para na primeira quinzena de Agosto abrir outro bloco de entrevista, a fim de ter-se um maior número possível de jovens a beneficiar.
Explicou que os seis milhões e 500 mil kwanzas não vão ser dados de uma só vez, mas em duas prestações, pois a segunda só vai ser dada para quem apresentar uma “boa performance”, caso contrário não poderá receber, uma vez que são valores não retornáveis e é de todo o interesse do Executivo que tal apoio dê resultados.
“O apoio é seguido com assistência técnica, antes e depois da implementação da iniciativa, para que o beneficiário tenha sucesso, daí que estamos a criar uma base de dados para cadastrar todos os incumpridores, a fim de que sejam excluídos dos apoios do Governo”, manifestou.
A janela principal do PDAC na Huíla tem até ao momento quatro beneficiários, nomeadamente três cooperativas e uma empresa, nos municípios de Caconda e Caluquembe com financiamentos que variaram de 40 a mais de 250 milhões de kwanzas.
O projecto que prevê terminar em Novembro de 2025, foi lançado em 2018 e engloba as províncias da Huíla, Malanje, Cuanza Sul, Cuanza Norte, Bié, e Huambo. Está avaliado num valor global de 152 milhões de euros. EM/MS