Ondjiva - Seis hectares de milho, produzidos no campo agrícola do estabelecimento prisional do Peu-Peu, no município de Ombadja (Cunene), acabaram por secar devido à estiagem registada no período de Dezembro à Março.
A informação foi avançada, nesta quarta-feira, pelo chefe de departamento das actividades económicas e produtivas do estabelecimento prisional do Peu-Peu inspector prisional Lucas Sangueve, referindo que as perdas recaem, fundamentalmente na produção de milho, cultivado em regime de sequeiro.
A par do milho realçou que o campo de 32 hectares produziu igualmente tomate, cebola, repolho, couve, beringela e mandioca, com o sistema de regadio, aproveitando as águas do rio Cunene.
Disse que a previsão anterior de colheita seria de 62 hectares de produtos diversos, mais com a perda do milho, a previsão é de colher apenas 34 toneladas de hortícolas e tubérculos, que de certa forma irão assegurar às necessidades alimentares dos reclusos.
Apesar deste problema, frisou que a produção actual, que conta com o envolvimento de 120 reclusos, supera a da campanha de 2019/2020, onde foram colhidos 32, 56 toneladas.
«Apesar das escassez de chuvas, a produção aqui no Campo Prisional do Peu-Peu corre bem. Temos um programa proposto pela direcção do estabelecimento que visa reforçar a capacidade produtiva do centro para atender não só os presos internos, mas também os de outras unidades circunvizinha», afirmou.
Lucas Sangueve lamentou a limitação na extensão de terras cultiváveis, a falta da mecanização agrícola, como tractor e alfaias agrícolas, moto-bombas, fertilizantes e outros imputs, como condicionantes da actividade produtiva.
Localizado no município de Ombadja, a 123 quilómetros a norte da cidade de Ondjiva, o Centro Prisional do Peu-Peu controla 1.049 reclusos, entre presos e detidos.