Camabatela – O impacto da pecuária na economia da província do Cuanza-Norte, nos últimos tempos, tem sido notório, através da criação de emprego para os jovens, afirmou, sábado, a vice-governadora local para o sector Político, Económico e Social, Luzia José.
Falando no acto alusivo ao Dia Nacional do Criador (8 de Junho), disse que o empenho dos criadores de gado tem grande impacto no desenvolvimento sustentável da região, porque além de alavancar a economia, tem contribuído para o fornecimento de proteína animal para a população.
No entanto, a presidente da cooperativa Cooplaca, Joana Lina, defendeu a atribuição de créditos a criadores no planalto da Camabatela, cujas fazendas encontram-se inactivas.
A responsável informou que a maior parte das 532 fazendas da região encontram-se ainda desactivadas e os proprietários precisam de um "impulso" da banca ou outras linhas de financiamento.
O Planalto de Camabatela, que compreende as províncias do Uíge, Malanje e Cuanza-Norte, tem contabilizados 168 mil 448 animais.
Do gado existente 116 mil 141 são caprinos, 17 mil 307 ovinos e 35 mil bovinos.
Segundo Joana Lina, em função da dimensão do Planalto de Camabatela, estes animais ainda são insuficientes para suprir as necessidades de proteínas animal da população no país.
Adiantou que, com uma área de um milhão, 415 mil e 49 hectares, numa extensão de 740 quilómetros, distribuídos em 12 municípios das províncias do Uíge, Malanje e Cuanza Norte, a região conta com um clima excelente para a criação de gado de pequeno, médio e grande porte.
A região também é propícia para a prática da agricultura, em função das chuvas regulares e recursos hídricos abundantes.
Participaram no evento, decorrido na fazenda Capeca, em Camabatela, criadores de gado, investidores, bancários, empresários, entre outros.
O encontro foi prestigiado pelos governadores das províncias de Benguela, Luís Nunes e da Huíla, Nuno Mahapi.
A efeméride foi uma oportunidade para homenagear todos os criadores deste ramo que desempenham um papel importante na economia nacional.
Serviu também para a troca de experiências entre os criadores e abordou vários temas como o agronegócio, segurança alimentar, produção nacional, importação e exportação de produtos. EFM/IMA/ART