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Camponeses voltam a colher algodão na Baixa de Cassanje

     Agricultura              
  • Malanje • Sábado, 13 Agosto de 2022 | 13h35
Campo de algodão
Campo de algodão
Pedro Calombe

Malanje - Trinta e sete anos depois, 50 famílias camponesas da região da Baixa de Cassanje, município de Cunda-dia-Base, província de Malanje, começaram sexta-feira a colher as primeiras 100 toneladas de algodão cultivadas num campo de 50 hectares.

O cultivo de algodão nessa região, localizada a 175 quilómetros a nordeste da cidade de Malanje, foi interrompido em 1985, devido ao conflito armado ocorrido em Angola.

Antes disso, na era colonial, houve, no dia 4 de Janeiro de 1961, o massacre de milhares de camponeses da região que reclamavam do trabalho forçado e do baixo preço do produto, praticado pelo então regime português.

O arranque da produção de algodão enquadra-se na estratégia do Executivo angolano de relançar as três indústrias têxteis do país, localizadas nas províncias do Cuanza Norte, de Benguela e Luanda, e reduzir a importação da matéria-prima.

A empresa privada Investimentos e Participações “IEP”, proprietária da indústria Textang II e responsável pela produção do algodão naquela região, assumiu a compra de toda a colheita.

Ao proceder à abertura da campanha de colheita do algodão, o vice-governador de Malanje para o sector Político, Económico e Social, Domingos Eduardo, afirmou que a revitalização da cultura do “ouro branco” vai alimentar as indústrias têxteis, aumentar o número de empregos e contribuir para a diversificação da economia.

Enalteceu o investimento feito pela empresa IEP e prometeu o apoio institucional do governo, a fim de expandir o projecto.

Por seu turno, o director provincial da Agricultura e Pescas, Carlos Chipoia, assinalou o engajamento das famílias envolvidas nesta primeira fase, explicando que a intenção era atingir mil 500 hectares, mas devido a alguns constrangimentos foram apenas preparados 400 e semeados 50.

Afirmou que o governo provincial disponibilizou seis mil hectares à empresa IEP, para o cultivo de algodão no próximo ano agrícola, que envolverá 300 famílias, prevendo-se a entrega de dois hectares por agregado.

O presidente do Conselho de Administração da IEP, Jorge Humberto do Amaral, disse que a necessidade de aquisição do produto levou a empresa a produzir nessa região, tendo em conta as condições propícias de que dispõe.

“Pensamos atingir uma produção em grande escala dentro de três anos”, disse, acrescentando que o projecto tem como fito beneficiar as famílias que actualmente dependem da agricultura de subsistência e não possuem as técnicas necessárias para atingir altos volumes de produção que lhes permita obter lucros.

Entrega de títulos de concessão de terra aos camponeses

Para a segunda fase de produção, o governo provincial procedeu à entrega de títulos de concessão de terras às primeiras 50 das 300 famílias que beneficiaram de dois hectares cada, como forma de alavancar a agricultura familiar.

Os títulos permitirão o acesso a insumos agrícolas da empresa patrocinadora e ao financiamento do Fundo de Apoio ao Desenvolvimento Agrícola (FADA).

Angola gasta, anualmente, mais de 12 milhões de dólares na importação de algodão.

A região da Baixa de Cassanje, que congrega os municípios de Marimba, Cunda-dia-Base, Quela, Cahombo e Kiwaba NZoji, tem uma área reservada de 250 mil hectares para a produção do algodão, cujo ciclo de produção varia entre 120 a 150 dias.

 





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