Caála – Uma delegação do Banco Mundial, encabeçada pelo moçambicano Aniceto Billa, constatou, nesta sexta-feira, o funcionamento dos sistemas de irrigação da comuna da Calenga, município da Caála (Huambo), construídos em 2021 como alternativa ao período de seca.
Trata-se de uma visita de monitorização e avaliação do impacto do projecto, que está a beneficiar directamente mais de 400 camponeses desta localidade, situada a 33 quilómetros a Oeste da cidade do Huambo.
Construídas com fundos do Banco Mundial, o âmbito da cooperação com o Governo angolano, os cinco sistemas de irrigação surgem para potenciar os camponesas a aumentar os níveis de produção da, cenoura, tomate, cebola, repolho, couves, pimento, alho e tubérculos, em todas as épocas do ano.
O responsável do Instituto de Desenvolvimento Agrário (IDA) na província do Huambo, Victorino Chonguela, disse que o Banco Mundial tem todo interesse de averiguar a funcionalidade dos sistemas de irrigação, por si financiados, com foco no reforço da segurança alimentar das comunidades.
Sem avançar o susto do projecto, Victorino Chonguela disse tratar-se de canais de irrigação já concluídos, compostos por sistemas hidráulicos e valas de rega programa, fazendo com que a água e o fertilizante cheguem exactamente quando e onde são necessários, produzindo colheitas mais abundantes e de melhor qualidade.
A comuna da Calenga, uma das quatro que compõe o município da Caála, tem potencialidades produtivas de milho, feijão, batata-rena, hortícolas e frutícolas diversas.
As autoridades do município da Caála controlam 131 cooperativas agrícolas e 150 associações, com 66 mil e 205 famílias camponeses, que anualmente cultivam em mais de 70 mil hectares de terras aráveis.
Nestes espaços cultiváveis são produzidas, em média, mais de 200 mil toneladas de produtos diversos, entre cereais, tubérculos, raízes e leguminosas, cujo excedente é utilizado para o agro-negócio.