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Agrónoma sugere menos burocracia no acesso à terra para mulheres rurais

     Agricultura              
  • Benguela • Terça, 22 Outubro de 2024 | 15h10
Mulheres rurais exibem produção
Mulheres rurais exibem produção
Kinda Kyungu

Benguela – A engenheira agrónoma Rosa Manuel defendeu, nesta terça-feira, em Benguela, que as autoridades precisam de tornar o processo de acesso à terra mais simplificado para as mulheres rurais, de forma a possibilitá-las a obtenção do crédito agrícola junto das instituições bancárias.

Em entrevista à ANGOP, sobre os desafios que a mulher rural enfrenta no contexto actual, Rosa Manuel aponta a falta de crédito como sendo uma das principais dificuldades que esta franja da sociedade encontra para desenvolver a sua actividade agrícola.

Segundo a engenheira agronóma, uma das soluções para alterar este cenário passa por facilitar cada vez mais o acesso das mulheres rurais às terras aráveis, por ser a condição fundamental para obter crédito agrícola junto dos bancos comerciais.

Para além do acesso limitado ao crédito, a especialista em agricultura familiar também elencou o analfabetismo como outro obstáculo que tem estado a condicionar a vida de muitas mulheres rurais, apesar da sua resiliência no campo dia-a-dia.

“As mulheres rurais ainda precisam de algumas ferramentas, de modo que sejam empoderadas e consigam ter o melhor lugar na sociedade local”, afirmou, reforçando a ideia de que uma destas ferramentas é justamente o acesso à terra, para produzir alimentos.

Daí ressaltar que é preciso continuar a reforçar o apelo às autoridades governamentais, de tal sorte que as mulheres rurais possam conseguir ter acesso à terra com menos burocracia e, por consequência, ao crédito agrícola.

Rosa Manuel acredita que, tendo acesso à terra e aos créditos agrícolas, a mulher rural consegue aumentar a sua produção, o que, a seu ver, será um passo importante para o seu empoderamento e das suas famílias, tornando-as sustentáveis para o desenvolvimento do país.

Quanto à alfabetização das mulheres, admite ser ainda um problema, pois a mulher precisa de saber ler e escrever, para que tenha autonomia de tratar os seus próprios documentos, como o Bilhete de Identidade, evitando assim cair nas mãos de burladores.

Além das escolas de campo que já trabalhem na componente da alfabetização, ela disse que a FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura) também tem dado formação sobre cadeia de valor e  literacia financeira.

No fundo, deu a conhecer que a FAO busca capacitar as mulheres rurais sobre as técnicas mais simples, entre outras, de gerenciamento da produção e plano de venda, para poder mensurar o que produz.

Por outro lado, enalteceu os esforços que a mulher rural tem empreendido na agricultura familiar na província de Benguela, sendo hoje responsável por 80 por cento da produção agrícola na região.

“Pela dimensão da agricultura que temos, ela é muito forte (…). É só andarmos pelos vales agrícolas do Cavaco e  outros municípios para verificar a fortaleza da mulher rural e a sua constância na busca da melhor produção, para sustento das suas famílias”, elogiou.

Conforme a fonte, na província de Benguela estão controladas 430 mil mulheres, sendo que muitas delas estão inseridas em cooperativas agropecuárias, já financiadas pelos programas de crédito. JH/CRB 

 





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