Huambo – A directora da ADRA na província do Huambo, Cidália Gomes, defendeu, esta sexta-feira, a necessidade de as famílias camponeses terem mais acesso aos fertilizantes e outros insumos, para garantir a segurança alimentar.
Em declarações à ANGOP, a propósito do Dia Mundial da Segurança Alimentar, que hoje se assinala, referiu tratar-se de um desafio do Governo angolano e de diferentes actores sociais, que actuam na garantia e disponibilidade de alimentos em qualidade e em quantidades necessárias à população.
A responsável entende ser necessário o desenvolvimento de acções concertadas que visam o fomento da produção agrícola, sobretudo, no meio rural, para que haja alimentos suficientes às famílias e, em caso de excedente, para a comercialização.
Espera que os programas públicos contribuam para o acesso aos meios de produção, tendo em conta as potencialidades agrícolas do país e da província do Huambo, em particular, que não justificam a carência e a insegurança alimentar.
Cidália Gomes disse que para a Acção para o Desenvolvimento Rural e Ambiente (A ADRA), a segurança alimentar não se limita apenas em ter a qualidade e as quantidades necessárias de fertilizantes, mas, também, no acesso à água potável, condições do saneamento básico, entre outros, que concorram para uma vida mais saudável.
Fez saber que, apesar dos solos desta região do país necessitarem, cada vez mais, de fertilizantes, estão a desenvolver, por via das escolas de campo, projectos de práticas de compostagem, que visam a redução dos agrotóxicos prejudiciais à saúde humana e aos solos.
A mesma entende que, para maior segurança alimentar, urge a necessidade do reforço da fiscalização nos mercados informais que, muitas vezes, vendem produtos sem ter em conta a data de caducidade e na falta de condições exigidas para o consumo humano, que originam várias doenças.
Para tal, disse que, para além do apoio para a actividade agrícola das famílias, a organização não-governamental angolana tem vindo a incorporar o acesso à informação às famílias, para que os produtos do campo sejam mais saudáveis e sustentáveis.
Acrescentou que estas práticas estão a assegurar, num mesmo campo de produção, a diversificação das culturas agro-florestais, desde o feijão, milho, hortícolas diversas intercaladas com fruteiras e outras plantas, que ajudam na conservação dos solos, visando a segurança alimentar.
Proclamado pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 2018, a data visa alertar a importância da segurança alimentar, desde a sua produção, armazenamento e consumo, a fim de evitar danos para a saúde humana.
Criada em 1990, a ADRA é uma organização não-governamental, vocacionada a promover o desenvolvimento democrático e sustentável, social, económico e ambiental do país, bem como a reconciliação nacional. ZZN/JSV/ALH