Ondjiva - A administradora municipal de Namacunde, província do Cunene, Cristiana Nameomunu, pediu esta segunda-feira, na aldeia de Ongode, maior dinamismo das cooperativas, visando o incremento da produção agrícola na região.
Falando à margem de uma visita às cooperativas agrícolas que operam ao longo do canal do Cafu, apelou ao espírito de união, vontade, dinamismo e a participação massiva dos membros para a satisfação das necessidades da comunidade local.
A responsável realçou que, apesar da actividade agrícola ainda estar em fase experimental, há necessidade de se tirar o máximo proveito do empreendimento e dos objectivos traçados pelo Executivo.
Segundo a administradora, o objectivo do encontro com as famílias camponesas residentes ao longo do canal do Cafu é de incentivar e traçar algumas estratégias de ajustamento de trabalho das cooperativas.
Por seu turno, o presidente da Assembleia Geral da Cooperativa Haleinge, Hélder Rodrigues, louvou a iniciativa do Executivo, e disse que o Projecto do Cafu chegou no momento certo em que eles precisavam do mesmo incentivo na sua comunidade.
Hélder Rodrigues apontou a distância da localidade aos postos de abastecimento de combustível e a falta de vedação como dificuldades que afligem os camponeses
O Município de Namacunde controla 26 cooperativas agropecuárias, cinco associações agrícolas e duas escolas de campo.
O Projecto hídrico do Cafu é o primeiro de um lote de cinco projectos do Governo angolano criado no quadro do programa de acções estruturantes de combate à seca naquela região, que vai beneficiar 235 mil pessoas.
Avaliado em 44 mil milhões, 358 milhões e 360 mil 651 kwanzas, vai permitir ainda o abeberamento de 250 mil animais e a irrigação de cinco mil hectares de campos agrícolas.
Neste sistema foram instaladas estruturas metálicas da câmara de aspiração e zona de tomada de água, edifício da subestação eléctrica, com três grupos geradores tendo capacidade de um megawats e reservatório unidimensional, além de painéis solares capazes de gerar 1.5 megawatts de energia.
O projecto tem um canal a céu aberto, numa extensão de cerca de 160 km, derivação a partir da albufeira da secção do Cafu, no rio Cunene, contempla 30 chimpacas (lago artificial para abeberar gado), com 100 metros de comprimento, 50 de largura, cinco a seis de profundidade e a capacidade de armazenamento de água que varia de 25 mil a 30 mil metros cúbicos. FI/LHE/BA