Bamako– O antigo Presidente do Burundi, Pierre Buyoya, confirmou quarta-feira, 25, à imprensa, a sua demissão voluntária do cargo de alto representante da União Africana (UA), no Mali, para “lavar a sua honra”.
Presidente do Burundi, de 1987 a 1993, e de 1996 a 2003, Buyoya foi condenado em Outubro último à prisão perpétua, no seu país, acusado de ter assassinado o seu predecessor, Melchior Ndadaye, em 1993.
"Demiti-me por vontade própria, porque para exercer as actuais funções que são minhas, é preciso ter todas as suas capacidades físicas e morais”, disse um dia depois de anunciar que abandonou o posto, uma decisão aceite pela UA.
Condenado a prisão perpétua no seu país, Pierre Buyoya, de 71 anos, é enviado da UA naquele país do Sahel que desde 2012, mergulhou numa guerra civil alimentada por vários grupos terroristas.
O antigo chefe do Estado burundês denunciou uma “paródia de Justiça”, e disse que recorreria às jurisdições nacionais e internacionais.
Desde 20 de Outubro, dia em que a Justiça burundesa condenou Buyoya e cerca de 20 outras pessoas, a União Africana ainda não se pronunciou.