Terceiro caso de Ébola no novo surto na RDC

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  • Luanda • Quinta, 05 Maio de 2022 | 15h35
Bandeira da República Democrática do Congo
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Divulgação

Kinshasa - O novo surto de Ébola declarado no noroeste da República Democrática do Congo (RDC), a 23 de Abril, registou o terceiro caso nesta quarta-feira, tendo os dois primeiros sido mortais, confirmou hoje, 05, a Organização Mundial de Saúde (OMS).

"As autoridades sanitárias do Ministério da Saúde da RDC confirmaram um terceiro caso de Ébola em Mbandaka, capital da província noroeste de Equador, onde o surto começou, a 04 de Maio", quarta-feira, escreveu hoje a OMS no Twitter.

Segundo a organização, o terceiro caso foi identificado num homem de 48 anos que é um "contacto de alto risco" do primeiro paciente, um homem de 31 anos que morreu a 21 de Abril após hemorragias persistentes e sintomas da doença, incluindo fortes dores de cabeça e febres.

De acordo com a OMS, foram rastreados até agora 444 contactos e 353 pessoas foram vacinadas (incluindo 253 contactos) com a vacina experimental rVSV-ZEBOV (aprovada em 2019 nos Estados Unidos e na União Europeia).

Embora a preparação do país para lidar com a doença seja melhor do que no passado, a OMS alertou na semana passada para o risco de propagação porque a área afectada está intimamente ligada à capital congolesa, Kinshasa, e aos países vizinhos.

O segundo caso no surto, o 14.º na RDC, foi uma mulher de 25 anos, cunhada do primeiro homem, que morreu a 25 de Abril, também em Mbandaka.

Estes são os primeiros casos de Ébola notificados na RDC desde que a OMS anunciou, a 16 de Dezembro de 2021, o fim do 13.º surto da doença no país, que causou 11 casos e seis mortes na província do nordeste do Kivu do Norte.

De 2018 a 2020, o nordeste da RDC - incluindo as províncias do Kivu Sul, Kivu Norte e Ituri - sofreu o seu pior surto de Ébola, com pelo menos 2.299 mortes, de acordo com os números da OMS.

De 2014 a 2016, o Ébola matou cerca de 11.300 pessoas na África Ocidental - incluindo Guiné, Libéria e Serra Leoa - na pior epidemia mundial da doença, embora a OMS tenha advertido que estes números podem ser conservadores.

A doença, descoberta em 1976 na RDC (antigo Zaire), é transmitida por contacto directo com o sangue e fluidos corporais de pessoas ou animais infectados.

A febre causa hemorragia grave e pode ter uma taxa de mortalidade de 90%, enquanto os seus primeiros sintomas são febre alta súbita, fraqueza grave, e dores musculares, na cabeça e garganta, bem como vómitos.



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