Kinshasa - A situação de segurança na República Democrática do Congo (RDC) esteve hoje no centro de uma reunião de emergência do Conselho de Paz e Segurança da União Africana (UA).
Na reunião, realizada em formato virtual e presidida pelo ministro dos Negócios Estrangeiros da Côte d’Ivoire, Kacou Housdja Leon Adom, na qualidade de Presidente interino do organismo, a titular da pasta dos Negócios Estrangeiros da RDC, Thérèse Kayikwamba Wagner, denunciou o desastre humanitário provocado pela agressão do Movimento 23 de Março (M23).
“No leste da RDC, a agressão armada do Rwanda e dos seus auxiliares do M23 está a provocar um desastre humanitário sem precedentes. Exigimos acções concretas: condenação do Rwanda, retirada imediata das tropas rwandesas, respeito pela soberania e integridade territorial da RDC", disse.
Acrescentou que Kigali violou todos os princípios da UA ao invadir, violar fronteiras e minar a soberania e a integridade territorial de outro Estado, além de se associar e patrocinar um movimento terrorista.
“Perante estas violações flagrantes dos seus Estatutos Constitutivos, a União Africana depara-se agora com a sua responsabilidade de tomar decisões justas e firmes”, enfatizou Kayikwamba Wagner.
Referindo-se à reunião, o ministério dos Negócios Estrangeiros da RDC, na sua conta na rede social X, disse que o homólogo do Rwanda, Olivier J.P. Nduhungirehe, foi o único participante que se recusou a ficar de pé durante um minuto de silêncio.
A homenagem foi realizada em memória dos membros da Missão de Estabilização das Nações Unidas e da Missão da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral que faleceram nos confrontos em Goma, capital da província de Kivu Sul, e foi solicitada pelo presidente da sessão.
Está marcada outra reunião do Conselho de Segurança para terça-feira. JM