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Sahel central têm 16 milhões de pessoas a precisar de ajuda

     África              
  • Luanda • Segunda, 05 Junho de 2023 | 16h25

Nova Iorque - Mais de 16 milhões de pessoas no Sahel central, que ingloba o Mali, Burkina Faso e Níger, precisam de ajuda humanitária devido às alterações climáticas e pelos conflitos armados, segundo um relatório publicado hoje pela ONG norte-americana International Rescue Committee (IRC).

Este número "sem precedentes" representa "um aumento de 172 por cento desde 2016", afirma a IRC, que acrescenta que "os três países representam apenas 0,9 por ento da população mundial, mas 5% das necessidades humanitárias globais".

O Burkina Faso, o Mali e o Níger enfrentam uma violência terrorista mortal em várias partes do seu território há quase uma década.

Ao mesmo tempo, grande parte da região central do Sahel "está muito exposta às alterações climáticas": as temperaturas "estão a aumentar 1,5 vezes mais depressa do que no resto do mundo, prevendo-se um aumento entre 2 e 4,3 graus centígrados até 2080", refere o relatório.

As estações secas "mais longas" e as inundações estão a "perturbar a agricultura", que sustenta "78 por cento da população" desta região.

Trata-se de um "círculo vicioso", segundo o IRC, que sublinha que as alterações climáticas e a pobreza aumentam o risco de conflitos armados, que por sua vez agravam a pobreza.

A organização não-governamental (ONG) acrescenta que esta crise múltipla, que afecta as mulheres "de forma desproporcionada", "obriga as pessoas a abandonarem as suas casas e destrói as suas fontes de rendimento".

Cerca de três milhões de pessoas estão deslocadas, das quais dois milhões só no Burkina Faso, escreve a organização.

O relatório aponta também para a "fraca capacidade" dos três Estados - entre os dez menos desenvolvidos do mundo, segundo o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), citado no relatório.

Segundo o IRC, esta situação humanitária deve-se tanto às "autoridades coloniais francesas", que "negligenciaram" o desenvolvimento de certas zonas rurais, como aos governos pós-independência.

A ONG recorda igualmente que "os frequentes golpes de Estado" - 17 no Sahel central desde 1960 - perturbaram as políticas económicas e levaram os governos a concentrar as suas despesas na defesa.

A organização recomenda a prestação imediata de ajuda humanitária aos países do Sahel central, nomeadamente através da melhoria dos acessos.AM/DSC



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