Niamey - As autoridades nigerinas retiraram a nacionalidade de nove funcionários do ex-Presidente Mohamed Bazoum, deposto em Julho do ano passado pela actual junta militar que governa o país.
Segundo o decreto, os arguidos - actualmente exilados no estrangeiro - estão alegadamente envolvidos em actos de terrorismo e a lista inclui a ex-líder rebelde tuaregue Rhissa Ag Boula, que foi ministra de Estado e assessora da Presidência e os generais Abou Mahamadou Tarka, Karingama Wali Ibrahim, ex-chefe da guarda presidencial, e Daouda Djibo Takoubakoye.
O documento acrescenta que os afectados são suspeitos de traição por realizarem actividades que possam perturbar a paz e a segurança públicas, conspirar contra a autoridade do Estado, bem como desmoralizar o Exército ou a nação, a fim de prejudicar a defesa nacional.
A resolução foi assinada pelo actual Presidente, general Abdurrahmane Tiani, que chefia o chamado Conselho Nacional de Salvaguarda da Pátria (Cnsp).
No dia 26 de Julho de 2023, através da televisão estatal, o Cnsp anunciou a destituição do presidente Mohamed Bazoum, a suspensão das instituições, o encerramento das fronteiras e o recolher obrigatório nocturno.
Da mesma forma, os militares nigerinos exigiram imediatamente a retirada das tropas francesas do seu território e rescindiram os acordos de segurança e defesa com Paris.
O Níger é uma das nações mais pobres do mundo que sofre os efeitos das alterações climáticas e de uma crise alimentar que afecta milhões de pessoas. JM