Luanda – O conflito em Darfur Ocidental, no Sudão, que tem causado muitas mortes e a fuga de milhares de cidadãos locais constituiu, dentre outros, o assunto de destaque no noticiário africano durante a semana que hoje finda.
Cerca de 700 pessoas foram mortas no inicio do mês em confrontos entre o exército sudanês e o grupo paramilitar Forças de Apoio Rápido (RSF) no Darfur Ocidental, segundo anunciou a Organização Internacional para as Migrações (OIM).
De acordo com o último relatório desta agência das Nações Unidas, os combates foram intensos durante os dois dias na cidade de Al Geneina, capital do estado de Darfur Ocidental, onde cerca de 700 pessoas foram mortas, uma centena de outras ficaram feridas e cerca de 300 estão desaparecidas.
Pelo menos três mil pessoas foram obrigadas a deslocar-se para aldeias próximas de Al Geneina e outras mil refugiaram-se no Tchad, numa situação que a OIM descreveu como "tensa e imprevisível".
Ainda nos último sete dias, a África do Sul anunciou que está a considerar processar cidadãos sul-africanos que teriam integrado às Forças de Defesa de Israel (IDF) no actual conflito contra o movimento Hamas que já causou mais de dez mil mortos.
O anúncio foi feito pela ministra na Presidência, Khumbudzo Ntshavheni, que é responsável pela segurança de Estado, durante um debate parlamentar na Cidade do Cabo.
E na Somália, pelo menos 29 pessoas morreram e 305 mil foram desalojadas pelas inundações que atingem o país desde o início da estação das chuvas em Outubro, anunciaram as autoridades locais.
O comissário da Agência de Gestão de Desastres da Somália (SODMA), Mohamud Moalim Abdulle, confirmou os novos números, detalhando ainda que 850 mil pessoas foram directamente afectadas, segundo a imprensa local.
A crise desencadeada pelo início da estação das chuvas, entre Outubro e Dezembro, levou o Governo somali a declarar o estado de emergência.
Um outro assunto que mereceu destaque na semana que hoje finda foi o anúncio de Cabo Verde, em Genebra, que pretende candidatar-se ao Conselho dos Direitos Humanos das Nações Unidas, ao dar resposta à maioria das 159 recomendações no âmbito da revisão periódica universal.
Apesar dos "parcos recursos", o Governo "tem dado especial atenção" e "não tem poupado esforços" para a promoção e defesa dos direitos humanos, disse a ministra da Justiça caboverdiana, Joana Rosa, durante a quarta revisão a que o país foi sujeito.
E na Guiné-Bissau, o presidente do Supremo Tribunal de Justiça renunciou ao cargo para o qual foi eleito em Dezembro de 2021, para um período de quatro anos.
Num documento, José Pedro Sambu comunica ao Conselho Superior da Magistratura Judicial, e aos demais titulares de órgãos de soberania, que decidiu renunciar ao seu mandato no Supremo Tribunal de Justiça (STJ) por não ter mais condições para continuar.CS