Luanda – A tomada da cidade de Goma, a capital regional do kivu Norte no leste da República Democrática do Congo (RDC), pelo grupo armado do Movimento de 23 de Março (M23), constituiu destaque do noticiário africano durante a semana que hoje finda.
A captura de Goma ocorreu após um período de 48 horas imposto pelo M23 para que o Exército da RDC depusesse as armas.
Num comunicado de imprensa, o M23 pediu aos residentes de Goma que se mantivessem calmos.
Por seu turno, o Presidente da República Democrática do Congo (RDC), Félix Tshisekedi, garantiu que estava em curso "uma resposta vigorosa" no Leste do país e alertou para o risco de uma escalada regional do conflito.
Goma, capital da província do Kivu-Norte e principal cidade do leste da RDC, foi ocupada pelo grupo armado anti-governamental M23 e por tropas rwandesas, que tomaram o aeroporto na terça-feira.
A ministra dos Negócios Estrangeiros da República Democrática do Congo, Thérèse Kayikwamba Wagner, disse ao Conselho de Segurança da ONU que "não se pode permitir que o Rwanda continue a actuar com impunidade" e apelou às Nações Unidas para que actue para além da sua condenação e tome medidas concretas de intervenção.
Ainda sobre a RDC, o Presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, e o seu homólogo rwandês, Paul Kagame, mantiveram uma conversa telefónica sobre o conflito intensificado no leste da República Democrática do Congo (RDC).
De acordo com uma declaração presidencial divulgada em Pretória, “os dois chefes de Estado concordaram sobre a necessidade urgente de um cessar-fogo e da retomada das conversações de paz entre todas as partes no conflito”.
O Conselho de Paz e Segurança da União Africana expressou profunda preocupação com o aumento das tensões entre a República Democrática do Congo (RDC) e Rwanda, resultando em mortes, feridos e deslocamentos.
Durante os últimos sete dias, foi divulgado o anúncio da Organização Mundial de Saúde sobre a morte de 70 doentes e acompanhantes num ataque a um hospital no Sudão.
"O terrível ataque ao Hospital Saudita em El Fasher, no Sudão, resultou em 19 feridos e 70 mortes entre pacientes e acompanhantes. No momento do ataque, o hospital estava lotado de pacientes", escreveu Tedros Adhanom Ghebreyesus na rede social X.
A semana que hoje finda ficou igualmente marcada com o comunicado do Governo de Cabo-Verde em constituir uma equipa multissectorial para acompanhar as novas políticas migratórias da administração norte-americana.AM/CS