Luanda – O pedido do levantamento "imediato e incondicional" das sanções da União Europeia (UE) e dos Estados Unidos contra o Zimbabwe porque afectam o crescimento do país constituiu, dentre outros, o assunto de destaque no noticiário africano durante a semana que hoje finda.
"Moussa Faki Mahamat renova mais uma vez o pedido de longa data da União Africana para o levantamento imediato e incondicional das sanções impostas contra instituições e indivíduos da República do Zimbabwe", declarou em comunicado a comissão (secretariado) da organização pan-africana.
A Comissão da UA, que tem sede em Adis Abeba, acrescentou que "o presidente da Comissão da União Africana (UA), Moussa Faki Mahamat,Mahamat continua profundamente preocupado com o impacto negativo que as sanções continuam a ter no desenvolvimento socioeconómico do Zimbabwe, no meio da actual crise alimentar e energética mundial".
Também nos últimos sete dias a Organização das Nações Unidas (ONU) anunciou a suspensão da distribuição de alimentos de emergência a centenas de milhares de deslocados no leste da República Democrática do Congo (RDC) devido a novos combates entre o grupo rebelde M23 e outras milícias do exército congolês.
"O Programa Alimentar Mundial (PAM) foi forçado a suspender a distribuição após o início dos combates entre dois grupos armados nos arredores de Goma", afirmou esta instituição da ONU na sua conta na rede social X (antigo Twitter) na quarta-feira.
Um outro assunto destacado durante a semana foi o anúncio, pela Comissão Nacional de Eleições (CNE) de Moçambique, da vitória da Frelimo, partido no poder, em 64 das 65 autarquias do país, enquanto o MDM, terceiro maior partido ganhou apenas na Beira.
O presidente da CNE, Carlos Matsinhe, que leu a ata dos resultados, afirmou que oito membros do órgão votaram a favor do apuramento geral do escrutínio, cinco contra e dois abstiveram-se.
Ainda em Moçambique, um agente da polícia e um jovem morreram durante manifestações, em Nampula e em Nacala, contra os resultados das eleições autárquicas em Moçambique, anunciou a Organização Não-Governamental moçambicana Centro de Integridade Pública (CIP).
O agente terá sido morto em retaliação ao baleamento de uma criança de dez anos, à saída da escola, numa acção enquadrada na reacção das autoridades às manifestações contra as eleições autárquicas, na cidade de Nampula, província com o mesmo nome, no norte do país.
E no Senegal, o líder da oposição senegalesa, Ousmane Sonko, que iniciou mais uma greve de fome na semana passada, entrou em coma na semana que hoje finda e o seu estado de saúde "está a agravar-se de forma preocupante", confirmou o seu partido.
"O imprevisível pode acontecer a qualquer momento, pois pode apanhar de surpresa o serviço de vigilância e de cuidados hospitalares", declarou na rede social X (antigo Twitter), El Malick Ndiaye, porta-voz do partido Patriotas Senegaleses do Trabalho, da Ética e da Fraternidade (Pastef, no acrónimo em francês).CS